Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Órgãos de classe vão questionar judicialmente a obra inacabada do Residencial Flores do Campo. Ofícios já foram encaminhados ao Ministério Público Federal e à Defensoria Pública da União.

Nesta sexta-feira, às 8h30, o coletivo convoca a imprensa londrinense para uma entrevista coletiva dentro do Residencial Flores do Campo. O grupo é formado pelo Centro de Direitos Humanos (CDH), Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Observatório de Gestão Pública de Londrina, Sindicato dos Jornalistas de Londrina e Região e Evangélicos pela Justiça.

Ao longo do segundo semestre de 2017, o coletivo protocolou 15 ofícios aos órgãos públicos cobrando explicações em torno da obra inacabada. O que chamou a atenção do coletivo foi que, segundo avaliação da Cohab, apenas 48% do empreendimento estariam feitos.

No entanto, a Construtora Fórmula Empreendimentos Imobiliários, teria recebido mais de 70% do montante licitado. Outro fato que precisava de esclarecimento: por que construir um empreendimento dessa magnitude (parênteses para esclarecer que a população que poderia viver nesse residencial seria maior que 60 municípios paranaenses) a três quilômetros de distância da área urbana, no meio de plantações, sem o mínimo de infraestrutura? De quem seria o lote arrematado para erguer esse empreendimento?

Vale ressaltar que o Residencial Flores do Campo foi considerado uma das maiores plantas do país do Programa Minha Casa, Minha Vida (são 1.218 unidades, obra avaliada em mais de R$ 82 milhões), mas que foi abandonada repentinamente pela construtora. A obra ficou largada por quase um ano até ser ocupada. Lembrando que a previsão inicial para entrega do residencial, conforme contrato assinado entre Caixa Econômica e Fórmula Empreendimento, é datada em janeiro de 2015.

A escolha desta sexta-feira para a entrevista coletiva também tem outra explicação: a data reforça o prazo de trinta dias para a plena desocupação dos imóveis, conforme decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O empreendimento, que estava abandonado há mais de um ano, foi ocupado por mais de 400 famílias em outubro de 2016. Atualmente, 62 continuam por lá.

Vitor Oggawa/Asimp/Sindijor Norte Paraná

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.