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Aos vereadores, os funcionários públicos relataram casos de agressão e afirmaram que a unidade de saúde tornou-se abrigo para população de rua

Os vereadores da Comissão de Seguridade Social da Câmara de Londrina estiveram na quarta-feira (27) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Oeste, localizada no Jardim do Sol. Os parlamentares Lenir de Assis (PT), presidente da comissão, e Nantes (PP), vice-presidente, foram ao local a pedido de servidores, que relataram situações de agressões verbais e físicas sofridas pelos funcionários dentro da unidade de saúde. Também afirmaram que pessoas em situação de rua utilizam o espaço como abrigo, pois ali encontram banheiros, água e até alimentação fornecida por entidades e instituições religiosas, o que interfere no atendimento de saúde, segundo eles.

 “Eles alegam que pessoas em situação de rua estão utilizando o espaço da UPA como moradia, dormindo, tendo inclusive atividades sexuais, agredindo os servidores, enfim, atividades que não são características do ambiente, que é para atender os doentes e as pessoas que estão necessitando de atendimento médico. Eles vêm aqui, aparentemente, sem nenhuma necessidade de saúde para usar, realmente, este espaço como moradia, porém, está chegando numa situação que eles partem para agressão porque não tem outro espaço para morar”, revelou o vereador Nantes.

Os funcionários contaram aos vereadores que os problemas foram relatados aos superiores hierárquicos na Secretaria Municipal de Saúde. Diante da demanda, a Comissão de Seguridade Social se comprometeu a reforçar o pedido por providências também a outras secretarias municipais, pois segundo a vereadora Lenir de Assis, a questão da população de rua é mais abrangente.

 “Vamos acionar as secretarias que têm essa incumbência e faremos necessariamente uma conversa conjunta para ver como deve ser resolvida esta situação. Uma questão particular é a da UPA, mas a questão da população de rua é uma situação de Londrina. Temos mais de mil pessoas que hoje vivem em situação de rua e ao debater isso é necessário que se discuta o caso específico das UPAs, mas é fundamental que se debata, no bojo das políticas públicas de Londrina, a situação da população de rua, porque é preciso, sem dúvida, ter políticas adequadas de acolhimento dessa população”, afirmou Assis.

Vinicius Frigeri/Asimp

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