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O número de mulheres engenheiras cresceu significativamente nos últimos cinco anos, segundo dados do Conselho de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR). Em Londrina e nas outras cinco cidades abrangidas pela regional - Santo Antônio da Platina, Cornélio Procópio, Bandeirantes, Jacarezinho e Ibaiti - o aumento foi de 43%. Em 2014, elas eram 610; hoje, são 870. A mesma evolução se repete em nível estadual. Nos últimos cinco anos, houve crescimento de pouco mais de 30%. O Paraná conta, atualmente, com 11.047 profissionais atuantes em todas as modalidades de engenharia.

Para a suplente de conselheira no Crea-PR e Engenheira de Segurança do Trabalho, Elizandra Gonçalves Taques Sartori, a mulher tem conquistado espaço nas áreas que, historicamente e culturalmente, se tornaram predominantemente masculinas. “A mulher começou a atuar lado a lado com os homens e também tem recebido o apoio deles em relação a equidade de gênero. O que vejo, tanto na minha atuação, quanto nas colegas de profissão, é que existe hoje maior acessibilidade para exercermos as atividades, seja no campo, no canteiro de obras ou na indústria”, explica.

Em Londrina e nos municípios atendidos pela regional, a Engenharia com maior número de mulheres é a Civil, com 404. É a campeã também em crescimento: foram quase 90% no período de 2014 a 2018. Em segundo lugar, aparece a Engenharia Agrônoma, com 262 profissionais. Na sequência, Engenharia de Segurança do Trabalho, com 69 mulheres registradas na atividade que vem crescendo exponencialmente. Em nível estadual, registrou aumento de 29% desde 2014.

Apesar dos avanços, Elizandra afirma que ainda existe disparidade de salários em relação ao gênero. No mercado de trabalho, mulheres costumam ganhar menos que os homens, mesmo exercendo as mesmas funções. “Temos levantado essas questões frequentemente dentro do Crea-PR, no mercado e nas instituições de ensino. A nossa profissão é técnica, não precisamos de força física, portanto, não há nenhum demérito ou justificativa para salários menores”, argumenta.

Embora a procura de mulheres pelas profissões das Engenharias esteja em alta, os homens ainda são maioria, representando uma proporção média de 85% para 15% em todas as atividades. Por este motivo, o Crea-PR incentiva o ingresso das mulheres nas graduações e pós-graduações com ações pontuais em instituições de ensino.

Desde o início de 2017, o Crea-PR conta com o Comitê Mulheres, cujo objetivo é fomentar o aumento da participação feminina nas decisões e em tudo que envolve o sistema Confea/Crea e as profissões da Engenharia, Agronomia e Geociências.

“Além de mostrarmos a força da mulher no mercado, dia a dia, precisamos do apoio das mídias e da sociedade. É necessário mostrar que existem mulheres atuantes e competentes”, aponta Elizandra. “Nesse sentido, o Crea-PR vem realizando eventos e ações para fortalecer a rede dessas profissionais”, completa.

Atualmente o Comitê Mulheres é coordenado pela Engenheira Agrônoma Márcia Laino, que, neste segundo semestre, tem liderado o trabalho do grupo na produção de uma campanha contra o assédio no canteiro de obras, com previsão de lançamento para o ano que vem.

Crea-PR

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), criado no ano de 1934, é uma autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais e empresas das áreas das engenharias, agronomias e geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de atualização profissional, primando sempre pela qualidade na prestação dos serviços prestados.

Samara Rosenberger/Ascom/Creapr

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