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Na terceira reunião, realizada na quarta (21), da segunda etapa do processo de  revisão do Plano Diretor, com as três equipes de trabalho, foi apresentada uma Carta de Apoio ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL), pelo Grupo de Cooperação Técnica. Esse grupo conta com a representatividade de diversas instituições acadêmicas, profissionais e de pesquisa, tais como a Universidade Estadual de Londrina (UEL), Associação dos Geógrafos do Brasil (AGB), Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Faculdade Pitágoras e Unopar.

O espaço para apresentação da nota de apoio, já havia sido solicitado em plenário na reunião anterior, no dia 9 de fevereiro, e ontem foi lida a todos os presentes para apreciação. A carta será entregue, pelo Instituto ao prefeito Marcelo Belinati. Dos presentes na reunião, a maioria absoluta se manifestou favorável e os representantes do IPPUL se abstiveram da votação. O Grupo de Acompanhamento, também presente na reunião, apoiou a entrega da nota.

A reunião contou com a presença de 59 pessoas, dentre elas 13 membros da equipe de cooperação técnica; 27 membros do grupo de acompanhamento e 19 integrantes da equipe técnica municipal.

Londrina, 22 de fevereiro de 2018 
Ilmo. Sr. Marcelo Belinati Martins 
Prefeito municipal de Londrina

CARTA DE APOIO AO IPPUL

O planejamento urbano é um importante meio para a produção e organização do espaço, aqui entendido como sendo o território transformado pela ação humana, em determinado contexto histórico. Mais do que um conceito teórico, ou apenas uma peça acessória na administração das cidades do Brasil e do mundo, o planejamento urbano é condição obrigatória para pensar nas cidades modernas, tão diferentes, complexas e desafiadoras.

Sempre na vanguarda, Londrina conta com um instituto específico para pensar e propor ideias à sociedade: o IPPUL, Instituto e Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina, criado no ano de 1993 pela Lei nº 5.495, com o objetivo de contribuir para o crescimento ordenado da cidade e propondo diretrizes baseadas em consultas à população.

Cidades, regiões e países com alta qualidade de vida contam com órgãos semelhantes ao IPPUL, como o IPPUC em Curitiba, o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF), o Department for Communities and Local Government na Inglaterra, O Instituto Catalão do Solo (INCASOL) na Catalunha, dentre outros.

O IPPUL tem contribuído significativamente para o desenvolvimento sustentável da cidade de Londrina e, para tanto, necessita de um corpo técnico qualificado que possa transformar as demandas da sociedade em projetos viáveis. Este entendimento é compartilhado atualmente pelo Grupo de Cooperação Técnica e pelo Grupo de Acompanhamento, que estão atuando no processo de revisão do Plano Diretor de Londrina – 2018/2028.

Manifestamos assim o nosso apoio para que o trabalho que está sendo desenvolvido tenha continuidade, não somente valorizando o IPPUL, mas entendendo que sua manutenção como autarquia de pesquisa e planejamento, órgão com autonomia administrativa e financeira, e, sobretudo com o preenchimento de seus quadros com profissionais compromissados com o bem coletivo e sem suspeita de envolvimento com práticas ilícitas, é fundamental para a construção de cidades mais justas e desenvolvidas.

Por este motivo e sem vislumbrar quaisquer elementos que favoreçam a dúvida em relação à idoneidade e conduta técnica ilibada dos técnicos do IPPUL nomeados por decreto, a começar pelo Diretor de Planejamento José Vicente Alves do Socorro, manifestamos preocupação em relação a declarações capazes de lançar suspeição sobre a adequada condução dos trabalhos de revisão do Plano Diretor e consideramos ser imprescindível para o bom andamento dos trabalhos a manutenção integral da equipe.

Assim, colocamo-nos perante o Poder Executivo Municipal a fim de reafirmar a importância e a imprescindibilidade da manutenção da autonomia técnica que só tem como ser resguardada em se mantendo sua natureza jurídica de autarquia voltada à pesquisa e ao planejamento urbano de Londrina. Para isso, faz-se necessário inclusive aumentar o número de profissionais qualificados, bem como a destinação de recursos financeiros. Só assim o desafio de pensar e propor diretrizes poderá ser encaminhado da melhor maneira possível, atendendo aos interesses dos que aqui vivem, trabalham, e dos que aqui querem investir de maneira justa e racional.

Grupo de Cooperação Técnica 
Grupo de Acompanhamento

N.com

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