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O tema foi debatido na quarta-feira (13), em reunião das comissões de Educação, Cultura e Desporto e de Seguridade Social

A reabertura das academias esportivas em Londrina foi discutida na quarta-feira (13) em reunião virtual conjunta das comissões de Educação, Cultura e Desporto e de Seguridade Social da Câmara Municipal. Durante o encontro, representantes de estabelecimentos de atividades físicas apelaram para que o Executivo permita a reabertura dos espaços durante a pandemia de covid-19, com cuidados como a obrigatoriedade do uso de máscaras e regras de distanciamento e higienização. Além de proprietários de academias, participaram da reunião representantes do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, da Fundação de Esportes de Londrina (FEL) e do Conselho Regional de Educação Física do Paraná (CREF).

Membro da Comissão de Educação, Cultura e Desporto e ex-presidente da FEL, o vereador Madureira (PTB) afirmou que, em abril, representantes do setor de Educação Física entregaram à Prefeitura um documento com procedimentos preventivos a serem adotados em caso de retomada das atividades. Entre as medidas, estão o uso de máscaras, o distanciamento de quatro metros quadrados entre os alunos, a proibição de exercícios que envolvam o contato físico entre os atletas e a suspensão do uso de materiais de uso coletivo difíceis de serem higienizados, como luvas de boxe, protetores de cabeça e cordas. A proposta foi embasada em medidas sugeridas pelo CREF e pela Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil) e em modelos de decretos de municípios como Cambé, Foz do Iguaçu e Cascavel, onde houve a reabertura de academias.

Atual presidente da FEL, Sandro Henrique Moreira dos Santos afirmou que as atividades físicas são fundamentais para a manutenção da saúde e que alunos com doenças crônicas têm sido prejudicados pela falta de acompanhamento de profissionais da área. "O pessoal diabético e cardíaco que tinha esse acompanhamento voltado à saúde ficou mais frágil agora", disse. Gestor de academia há 35 anos e delegado do CREF da 9ª Região, Rui Lopes da Silva também ressaltou o desespero de profissionais de Londrina que dependem das academias para sobreviver. "Tem muita gente que está há 60 dias parada e é muito preocupante o que vai acontecer no futuro. São 200 academias e cerca de 4 mil pessoas que dependem disso", disse.

Diretora superintendente do HU, Vivian Feijó lembrou que os cuidados para conter a propagação do novo coronavírus devem continuar. "Londrina não pode fraquejar. Daqui a um mês o inverno vai acentuar as doenças respiratórias e isso vai se misturar aos casos suspeitos de covid", afirmou ela, que também integra o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (Coesp), grupo que orienta a Prefeitura sobre medidas relacionadas ao novo coronavírus. Sem se posicionar a favor ou contra a abertura das academias, Feijó também chamou a atenção para a dificuldade de implementação de algumas medidas. "O grande nó é que não se pode misturar tudo no mesmo bloco. Quando você tem uma academia com um equipamento do lado do outro, como vai dispor isso? A OMS orienta 1,5 metro a 2 metros de distância entre as pessoas. As pessoas com sintomas gripais devem ser desencorajadas de frequentar os espaços, mas o grande problema é o assintomático". Ela destacou ainda que as máscaras precisam ser trocadas, porque as pessoas vão suar e o acessório não pode ficar úmido.

Normas

Decreto publicado no dia 11 de maio pelo governo federal incluiu as academias esportivas na lista de serviços essenciais, que podem ser mantidos mesmo durante a pandemia do novo coronavírus. Em abril, porém, o Supremo Tribunal Federal havia decidido que governadores e prefeitos têm legitimidade para definir quais atividades não devem ser paralisadas. Na semana passada, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), anunciou a  liberação para abertura de shoppings e galerias na cidade, mas manteve as restrições para academias.

Asimp/CML

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