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Para atender as crianças com problemas de base orgânica e psíquica, o Projeto Espaço Escuta de Londrina investe em formação de profissionais da saúde e no acolhimento a 89 famílias. O atendimento é feito das 8h às 18h, na Rua Paes Leme, 1.101.

A instituição recebe recursos da rede de atendimento a pessoas com Distúrbio Intelectual e Transtorno Global do Desenvolvimento (DITGD) da Prefeitura de Londrina. Desde 2001, a cidade conta com esta Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), com Título de Utilidade Pública Municipal, registrada no Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) e dos Direitos da Criança e Adolescente de Londrina (CMDCA) e é credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O projeto atende bebês e crianças de até 5 anos e 11 meses, que apresentam Transtorno Espectro Autista (TEA), neuroses, psicoses, depressão, síndromes, paralisia cerebral, com atrasos globais de desenvolvimento e bebês prematuros ou com má formação. Para isso, utiliza-se a estimulação precoce das crianças com a ajuda do atendimento com psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicopedagogos, assistentes sociais, pediatras e neuropediatras e ações de psicomotricidade e terapia ocupacional.

O trabalho do grupo é transdisciplinar e envolve não apenas a criança, mas também seus familiares. De acordo com a presidente do projeto, Maribél de Salles de Melo, a intenção é tratar dos problemas de base orgânica e psíquica desde bebês, porque os sintomas já se apresentam desde muito cedo e podem ser revertidos, dado o fato que o quadro das crianças não é algo fechado. “Fazemos o acompanhamento das crianças nas escolas, dando suporte aos professores e o acompanhamento terapêutico com os pais e familiares dentro de suas casas e em momentos de descontração. Há crianças com atrasos no desenvolvimento global que com a ajuda do tratamento podem mudar, porque na infância as estruturas de desenvolvimento não estão plenamente definidas”, explicou.

Todo o tratamento às crianças é gratuito para as famílias. Para grantir esse atendimento, anualmente, a Secretaria Municipal de Saúde repassa ao projeto o equivalente a R$ 514.080,00, pois a instituição é uma das oito contratualizadas para os atendimentos de pessoas com distúrbio intelectual e transtorno global do desenvolvimento (DITGD), através do contrato 0087/2012. As crianças são atendidas por meio de encaminhamento feitos pelos médicos das Unidades Básicas de Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, e por professores da rede municipal de ensino de Londrina, que as direcionam até as UBS.

Além do atendimento especializado às crianças, o projeto concede cursos de 2 a 3 anos de duração e outras capacitações de 20 e 74 horas. Podem participar os profissionais da saúde e de assistência social que desejam aperfeiçoar seus conhecimentos na área. Estas atividades são cobradas e geram fundos à organização, que reinveste nas ações com as crianças. Outras fontes de recursos como a realização de eventos, promoções, ações entre amigos e arrecadação de brinquedos e materiais auxiliam a entidade.

A lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA), trata sobre a proteção integral à criança e ao adolescente entendendo que todos gozam dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana e às oportunidades e facilidades que lhes garantam o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Outras ações - Em 31 de julho deste ano, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, sancionou a Lei nº 12.541, que institui o atendimento preferencial e prioritário às pessoas com Transtorno Espectro Autista em estabelecimentos comerciais, de serviços e similares. Além disso, ele instituiu a “Semana da Criança e do Adolescente” no calendário de comemorações oficiais do Município, pela Lei 12.530, de 12 de julho de 2017.

N.com

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