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Município tem se destacado com uma forte comunidade de startups, com tendência a ter cada vez mais projeção nacional e internacional

Um mapeamento da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), divulgado este mês, mostrou que, no Brasil, embora a maioria das startups estejam sediadas em metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis, existem cidades que estão afastadas dos polos de inovação, mas que possuem uma forte comunidade de startups. É o caso de Londrina, cidade promissora para quem procura abrir seu próprio negócio, e que tem ser destacado, com potencial para ter cada vez mais projeção nacional e internacional.

O termo “startups” é definido pela ABStartups como “empresas em fase inicial que desenvolvem produtos ou serviços inovadores, com potencial de rápido crescimento”. Londrina teve 43 startups mapeadas pela Associação, em três principais mercados de atuação: Tecnologias da informação e comunicação (TIC) e telecom; finanças; varejo/atacado (4,65% cada setor). No Brasil, 6 mil startups foram catalogadas pela ABStartups.

O presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Ubiratan, enfatizou que Londrina conta com diversas startups de sucesso e que o papel do Instituto é apoiar as empresas que promovem o desenvolvimento de Londrina, independente do modelo de negócio. “Esse é um caminho sem volta e, de acordo com nossos estudos, Londrina segue à frente no nosso Estado no segmento de startups”, expôs.

O diretor de Ciência e Tecnologia da Codel, Eduardo Ribeiro Bueno Netto, informou que outros mapeamentos realizados apontam a presença de mais de 380 startups em Londrina e, segundo ele, a tendência é aumentar. “Já temos dois Startup Weekend por ano, diversos Hackathons nos segmentos apontados pelo estudo do ecossistema de inovação, e a Redfoot, comunidade feita por empreendedores das cidades do norte do Paraná com o objetivo de potencializar a inovação da região, figura entre as Top 10 comunidades de Startup do Brasil. Ativos como esses tornam Londrina única”, ressaltou.

O mapeamento da ABStartups destacou a presença de diversas instituições da cidade, incubadoras - instituições geralmente ligadas a universidades com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de novos negócios - centros de pesquisa e laboratórios, que criam um ambiente favorável à inovação tecnológica. Entre as instituições de ensino, apontou a Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Instituto Federal do Paraná (IFPR), Pontifícia Universidade Católica (PUCPR), Universidade Norte do Paraná (Unopar), Faculdade Pitágoras, Universidade Positivo e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Também salientou os parques tecnológicos Francisco Sciarra, Tecnocentro e Distrito Tecnológico, e a presença forte de aceleradoras - empresas cujo objetivo principal é apoiar e investir no desenvolvimento e rápido crescimento de startups - como Founder Institute, Go Agritech, Hotmilk PUCPR e ISAE Business.

O fundador da Yuze, uma das empresas citadas no mapeamento por desenvolver um modelo inovador de negócio, Guilherme Eiras, contou que viu de perto o movimento das startups nascer na cidade, quando iniciou as vendas em 2013, e de zero clientes em janeiro, a empresa conseguiu atingir mais de 200 no seu primeiro ano de atuação, em 12 estados do país. Atualmente, a Yuze, que tem sede em Londrina e fabrica utensílios domésticos inovadores, possui mais e 1.500 pontos de venda no Brasil e a tecnologia desenvolvida está presente em 23 países.

Eiras, que também é idealizador e um dos líderes da comunidade Redfoot, destacou que Londrina é uma cidade bastante promissora, com uma forte presença de eventos que favorecem a inovação, como os Hackathons, e é muito forte na área de TI. “Ainda temos pontos a avançar, como promover uma maior integração entre os atores do ecossistema, como as incubadoras e as aceleradoras, e aumentar a quantidade de grupos de investimentos, para que a inovação possa chegar em outros setores”, revelou.

Outros dados

O mapeamento da ABStartups relatou também a presença, em Londrina, dos programas de governo, de incentivo e financiamento, entre eles o ISS Tecnológico - programa municipal que beneficia empresas londrinenses que queiram investir em inovação, por meio do abatimento de parte do que que seria recolhido em Imposto Sobre Serviço (ISS) - e a Sala do Empreendedor, em Londrina sediada na sede administrativa da Prefeitura, que incentiva a legalização de negócios informais que se enquadrem nos requisitos estabelecidos na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.

O trabalho apontou ainda as diversas atividades que têm acontecido na cidade, voltadas tanto para startups em estágio inicial, quanto para compartilhar conhecimentos e habilidades, como o Café Tec/Sebrae, o Demoday Go Agritech, o Founder Institute Start Event, o Pavilhão Smart Agro do Expo Londrina, o Sebrae Like a Farmer, o Startup Day Sebrae, o Startup Weekend e o StartupON. Também os Hackathons para construtechs, esporte e saúde, legal hackers e smart agro. O estudo listou ainda alguns negócios inovadores da região, como a Yuze, Acesso Digital/Arkivus, Agribela, Bart.Digital, Cash Auto, Deliveria, Egasosa, Moskit CRM, Quality Storm, Yazo.

Dayane Albuquerque/NCPML

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