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Informação foi repassada pelo secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, na sessão ordinária de ontem (5) da Câmara de Londrina

A partir da próxima semana, todos os pacientes que procurarem a rede pública de saúde de Londrina com sintomas de gripe, mesmo que leves, passarão por exames de covid-19 se houver indicação médica. A afirmação foi feita pelo secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, na sessão ordinária ontem (5). Por meio de requerimento do vereador Eduardo Tominaga (DEM), o secretário foi convidado a responder questionamentos sobre o enfrentamento do novo coronavírus e da dengue no município. Segundo Machado, desde o início da pandemia na cidade, há 56 dias, foram realizados mil testes de coronavírus.

Questionado pelo vereador Amauri Cardoso sobre a possibilidade de aplicação em massa de testes rápidos, o que permitiria traçar um cenário real da covid-19 em Londrina, Felippe Machado explicou que há limites para a utilização desses exames e reafirmou que a Prefeitura pretende ampliar a testagem principalmente a partir do teste PCR, mais confiável. "Recebemos 2,6 mil testes rápidos do Ministério da Saúde, mas é muito importante termos critérios na utilização desses exames, para que não haja falsos resultados. A indicação dos testes rápidos aprovados pela Anvisa segue um critério de janela imunológica. O teste deve ser feito a partir do oitavo dia do início dos sintomas, desde que a pessoa esteja há 72 horas sem sintomas. Com essas duas características, o teste pode chegar a 80% de confiabilidade. Entretanto, a Prefeitura firmou um convênio com a Universidade Estadual de Londrina para, por meio do laboratório do Hospital Universitário, realizar testes PCR, que é o padrão ouro de diagnóstico de coronavírus.", disse.

O secretário municipal de Saúde afirmou que a partir da semana que vem haverá capacidade para a realização de aproximadamente mil testes PCR por semana, cerca de 200 por dia. "Vamos testar os pacientes sintomáticos leves, na UPA Sabará e nas seis unidades que atendem síndromes respiratórias. [...] Hoje temos cerca de 110 notificações por dia de síndromes gripais, então, esses 200 exames serão mais do que suficientes para testar todos que tiverem indicação médica", garantiu.

Ao ser questionado pelo vereador Felipe Prochet sobre os preparativos para o início dos exames, Machado afirmou que os reagentes para os testes PCR já estão no laboratório da UEL desde a semana passada, mas disse que os exames ainda passam por processo de validação pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). "A UEL tem que recolher cinco exames positivos e o Lacen precisa confirmá-los", explicou.

Municípios vizinhos

O vereador Eduardo Tominaga perguntou ainda ao secretário municipal de Saúde se a Prefeitura de Londrina tem realizado reuniões com prefeitos de municípios vizinhos, com o objetivo de alinhar medidas que visem conter a propagação da doença. "Vejo que o esforço do setor produtivo está sendo feito aqui [com o fechamento de estabelecimentos] e não em outras cidades", ressaltou o parlamentar, lembrando que a rede de saúde de Londrina atende também pacientes de outras cidades.

Felippe Machado explicou que a 17ª Regional de Saúde, de Londrina, abrange outros 20 municípios e que é comum o trânsito de pacientes. "O ideal seria padronizar as medidas, mas faltou, a meu ver, um comando único no país. Essa ausência de ações coordenadas levou a responsabilidade pelas decisões a cada prefeito ou governador. Temos tido conversas com a Amepar [Associação dos Municípios do Médio Paranapanema] sobre a abertura e o fechamento de comércio. Mas os prefeitos têm a prerrogativa de adotar as medidas necessárias. Talvez quem sofra com essa situação seja Londrina, que vai absorver pacientes da região", disse.

Dengue

Felippe Machado também falou sobre a situação da dengue em Londrina e no estado. Ele afirmou que o Paraná atravessa a maior epidemia de dengue de sua história, com cerca de 110 mil casos confirmados da doença. Em Londrina, são 12.771 confirmações até o momento, embora o secretário aponte que houve significativa redução das notificações nas últimas semanas. "Três semanas atrás, tivemos 1.044 novas notificações da doença [em sete dias]. O número caiu para 33 na semana passada", disse. De acordo com Machado, a Prefeitura recebeu na semana passada do governo federal uma quantidade pequena do veneno utilizado no fumacê, mas espera os carros do governo estadual responsáveis pela aplicação do produto.

Asimp/CML

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