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Os produtores rurais contaram com a ajuda do secretário de Agricultura para a mediação entre HCL

Ontem (14), o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Alexandre Fujita, se reuniu com o diretor-geral do HCL, Edmílson da Silva Garcia, com a diretora de Ações Estratégicas e Projetos do HCL, Mara Rossival Fernandes, e com os feirantes e presidentes das Feiras do Produtor Rural de Londrina. O encontro foi realizado na sede do hospital, que fica na Rua Lucilla Ballalai, 212, no Jardim Petrópolis.

O objetivo da reunião foi debater uma parceria entre os feirantes e o Hospital do Câncer, a fim de ajudar a entidade de saúde com doações de alimentos que não foram comercializados ao final da feira, assim como a colocação de caixinhas de contribuição nas barracas dos feirantes e com o apoio e a divulgação da campanha de luta contra o câncer, no Outubro Rosa.

Segundo o secretário de Agricultura, a intenção foi ajudar ambas as partes em um diálogo em prol da parceria. “A ideia é divulgar ações de bem, por isso, os feirantes estão dispostos a ajudar naquilo que o hospital mais precisa, como com os alimentos. Os produtos dos feirantes são frescos, de excelente qualidade e vão direto da produção para a mesa do consumidor. Sabendo disso, eles se propuseram a ajudar o Hospital do Câncer e firmar a parceria”, disse Fujita.

De acordo com o diretor-geral do HCL, toda doação é muito bem-vinda, pois são elas que ajudam na manutenção mensal dos serviços prestados pelo hospital, visto que a entidade atende a oito regionais de saúde, englobando 223 municípios, além de pessoas de outros estados e países, como o Mato Grosso, Bolívia e Peru. Por dia, cerca de 1.200 atendimentos são realizados no HCL e mais de 600 pacientes passam pelo hospital, sendo que 90% dos procedimentos são pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 8% advém de convênio e 2% de atendimentos particulares.

Com isso, para cada R$ 1,00 investido no atendimento gratuito à população, o SUS repassa R$ 0,67 ao hospital. Esta diferença de percentual repassado gera um defícit mensal que varia de R$ 1,2 a R$ 1,6 milhão, que é suprido com o auxílio das doações. “Receber a visita do secretário de Agricultura, que está preocupado em ajudar os produtores rurais e a saúde no município é muito importante, porque toda ajuda que eles trazem reflete em mais investimento em medicamentos e na estrutura do hospital, que é deficitário. Elas mantêm o custeio e possibilitam melhorias, assim a gente consegue trazer mais qualidade no atendimento, porque no caso das doações dos alimentos, eles são produtos que acabam beneficiando diretamente aos pacientes, aos acompanhantes e nossos colaborados”, explicou Garcia.

Para o feirante de pastéis da região central, Alcides Andrean Junior, a intenção dos produtores rurais em ajudar entidades da cidade já existia há tempos, mas faltava uma mediação que permitisse a concretização desta vontade. “A ideia vem de algum tempo, quando vinha sobrando mercadorias sem utilidade e tínhamos a vontade de doar para uma instituição séria como o Hospital do Câncer, mas a gente tinha uma restrição e aí veio o novo secretário de Agricultura e impulsionou nossa ideia”. Para Alcides, cada produtor pode auxiliar da maneira que lhe for mais conveniente, seja dando produtos que sobram ou através do percentual das vendas, chamando também o consumidor a ajudar de maneira indireta, mas extremamente importante.

Já a feirante do produtor e filha do presidente dos Feirantes da Avenida Saul Elkind, Milena Aparecida de Jesus Ladislao, também lembrou que a ponte feita entre o hospital e os feirantes ajudou ambos. “Fazia tempo que a gente queria ajudar, mas tinha receio, foi aí que a gente procurou o secretário, que nos apresentou ao Hospital e agora deu certo”, frisou.

Por dia, são servidas 2.500 refeições no hospital, entre café da manhã, almoço e jantas. O cardápio é elaborado pela nutricionista de acordo com os alimentos disponíveis. A ideia da parceria entre as instituições será levada aos 80 feirantes ao todo, sendo 40 deles atuantes na Feira do produtor rural que acontece no Centro aos domingos de manhã, mais especificamente na Rua Benjamin Constant, entre a Rua Professor João Cândido e a Avendia São Paulo, em frente ao Terminal Central. Assim como será propagada na feira da zona norte, realizada na Avenida Saul Elkind, entre as Ruas Azulão e Capitão do Mato aos domingos cedo. Circulam pela primeira feira, de 2 a 3 mil pessoas, já na segundo o montante é mais do que o dobro.

Aqueles que forem às feiras no domingo poderão contribuir com a ação solidária dos feirantes, que vão divulgar as formas de doação, como através das caixinhas, repasse de percentual das vendas, doações de alimentos e divulgação da venda de camisetas para a campanha do Outubro Rosa.

Ana Paula Hedler/NCPML

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