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O grupo reúne-se desde o dia 6 de abril às terças-feiras, às 19 horas, e aos sábados, às 10 horas, com imigrantes, principalmente bengaleses, venezuelanos e haitianos, em um ambiente de escuta compartilhada e acolhedora.

Proporcionar um ambiente de escuta acolhedor para a saúde mental de imigrantes que moram na região de Londrina. Esse é o objetivo do Grupo de Acolhimento e Escuta Psicológica, promovido pelo Departamento de Psicologia e Psicanálise, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), em parceria com a Caritas Internacional.

O grupo reúne-se desde o dia 6 de abril às terças-feiras, às 19 horas, e aos sábados, às 10 horas, com imigrantes, principalmente bengaleses, venezuelanos e haitianos, em um ambiente de escuta compartilhada e acolhedora.

De acordo com a professora do Departamento de Psicologia e Psicanálise Deborah Klajnman, o grupo surgiu da triste realidade constatada em Londrina e região: a ausência de ambientes de escuta para essas populações.

“Já evidenciamos que essas populações estão descobertas dessas ações. Agora, com a pandemia e a necessidade de isolamento social, esses grupos estão ainda mais isolados”, comenta.

Deborah afirma que, em sua maioria, os trabalhadores que compõe o grupo atuam em setores específicos. Parte importante dos imigrantes bengaleses, por exemplo, trabalha em frigoríficos, onde usam o método “halal” para abate de aves, exigido pelos países de religião islâmica para consumo da carne.

No entanto, para além de guiar-se por características comuns desses imigrantes, o grupo procura acolhê-los em sua singularidade. “Procuramos ouvi-los como indivíduos, com todas as suas complexidades. Devem ser tratados e considerados como pessoas, além da suas condições de imigrantes e refugiados”, diz.

Foco

Devido às características do grupo, não é possível a participação de demais interessados, para garantir um foco específico ao trabalhar com essas pessoas. “Criamos, também, um grupo no WhatsApp com os envolvidos, que, por enquanto, são poucos, pois não é muito fácil conseguir chegar nesse público”, afirma a pesquisadora.

Com encontros de 1h30 de duração, o grupo conta com a participação de seis estagiários dos 4º e 5º anos de Psicologia, divididos em três grupos que dão conta dos atendimentos às terças-feiras e sábados. A intenção é criar uma rede que englobe atendimento psicológico e psicanalítico a outras especialidades.

AEN

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