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O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, acompanhado do diretor-presidente da Companhia de Habitação de Londrina (Cohab-Ld), Luiz Cândido de Oliveira, participou, na tarde desta quinta-feira (26), de reunião com representantes dos moradores do Residencial Flores do Campo e do poder público federal. O encontro ocorreu no auditório da Prefeitura de Londrina, com o objetivo de discutir propostas para a questão habitacional de Londrina, especialmente em relação ao Residencial Flores do Campo.

A reunião é resultado do encontro promovido em março deste ano, que contou com representantes do Sindicato dos Jornalistas, da Defensoria Pública da União (DPU), do Observatório de Gestão Pública, da Prefeitura de Londrina, da Cohab-Ld e das famílias que hoje ocupam o Residencial. Na ocasião, foi definida a criação de um grupo de trabalho com representação de várias entidades para que, juntos, busquem soluções definitivas quanto à questão da moradia irregular no residencial.

Dentre as propostas levantadas na reunião, o prefeito Marcelo propôs que o Município, através da Cohab-Ld e demais secretarias municipais, inicie a suspensão do processo de doação de terreno localizado na região norte, ao Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná (DER). A área, que pertencia à Cohab-Ld, seria destinada ao órgão estadual para implantação do Contorno Norte. Com a mudança do traçado, o Município pretende construir no local imóveis para abrigar os moradores do Flores do Campo.
O prefeito ressaltou que a cidade precisa concretizar políticas sociais através de projetos permanentes, que tragam soluções inovadoras. No caso da habitação, investimentos precisam ter longevidade, não bastam socorros pontuais.  “E a melhor forma para firmar compromissos verdadeiros é envolver toda sociedade na busca das soluções”, concluiu Marcelo.

Para o defensor público da União, Sérgio Fumio Oura, o encontro do grupo de trabalho foi produtivo, principalmente por conta da possibilidade aventada de o Município utilizar a área na região norte para a construção das habitações. “Se tudo correr como esperamos, esses imóveis seriam destinados aos moradores do Flores do Campo. A DPU está atuando por conta do processo que corre judicialmente, e também, em paralelo ao processo, participamos para conseguir resolver extra autos a situação das pessoas que moram lá. Aqui discutimos também algo para além do residencial, que é a questão do Fundo Municipal de Habitação, com eventuais sugestões para que ele obtenha recursos, de forma a tentar destravar a situação habitacional em Londrina”, acrescentou.

O jornalista José Maschio explicou que o grupo de trabalho possui duas perspectivas: a emergencial, que é solucionar a situação dos moradores do Flores do Campo diante da possibilidade de cumprimento da reintegração de posse pela Caixa Econômica Federal, e a aplicação do Fundo Municipal de Habitação (FMH). “Durante a reunião discutimos sobre o fundo, para transformá-lo em realidade, e o prefeito assumiu o compromisso dessa regulamentação. O FMH traz condições para Londrina ter uma política de habitação, o que é basicamente pensar no futuro, já que dificilmente situações como essa aconteceriam. Faltam projetos habitacionais para a população pobre de Londrina, e o objetivo de criar o fundo é para isso”, apontou.

Maschio considera que a construção de moradias no terreno da região norte seja uma medida paliativa, porém necessária enquanto solução emergencial para os moradores do Residencial. “Com esse terreno sendo retomado pela Cohab-Ld, é possível contemplar a maioria das 145 famílias que ocupam o Flores do Campo”, disse.

Histórico - O Residencial Flores do Campo é um empreendimento de responsabilidade da Caixa Econômica Federal (CEF) e da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) onde, desde 2016, ocorreu uma ocupação irregular.

A conclusão das obras do empreendimento chegou a 48% e, segundo a CEF, a finalização depende da desapropriação das residências. Até que isso ocorra, a construção dos imóveis está suspensa.

Das 145 famílias que residem no Flores do Campo, 68% são compostas por mulheres e seus filhos. A estimativa é que a ocupação seja formada por cerca de 250 pessoas.

N.Com

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