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Informação foi repassada durante audiência pública que discutiu doação de terreno do Município para  Unidade de Prevenção e Cuidados Paliativos

Com a sala de sessões lotada, a Comissão de Justiça, Legislação e Redação da Câmara Municipal de Londrina (CML) coordenou na segunda-feira (17) audiência pública para ouvir a população a respeito do projeto de lei do Executivo nº 117/2019, que muda o zoneamento e autoriza a doação de uma área de 27 mil metros quadrados, na zona leste, para o Hospital do Câncer de Londrina (HCL). O terreno está localizado na esquina das ruas Pastor Pedro de Toledo com Fernando Luiz Massaro, no loteamento Paysage Terra Nova, região da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). No local, o HCL pretende construir uma Unidade de Prevenção e Cuidados Paliativos, que complementará os serviços prestados pelo hospital.

Além da doação do terreno, será preciso alterar o zoneamento da área para instalação da nova unidade, uma vez que o terreno está localizado em uma Zona Residencial 3 (ZR-3). Em emenda ao projeto, apresentada também pelo Executivo, a área passaria a ser enquadrada como Zona Comercial 4 (ZC-4). Como a atividade pretendida não é compatível com a definição atual e como o hospital enquadra-se como Polo Gerador de Tráfego, a instituição apresentou Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para verificação da viabilidade técnica da alteração de zoneamento e definição das medidas mitigatórias e compensatórias que serão necessárias.

Convidada a se manifestar durante a audiência pública, a representante da Diretoria de Planejamento Urbano do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), Caroline do Nascimento Benek, afirmou que a alteração pretendida foi avaliada e considerada viável pelo órgão. "O EIV foi feito porque todas as alterações de zoneamento necessitam de Estudo de Impacto de Vizinhança e porque a atividade é classificada como um Polo Gerador de Tráfego. O estudo do EIV está em fase de análise e parecer das secretarias envolvidas, mas a Diretoria de Planejamento Urbano do Ippul já emitiu um parecer. Foi verificado que a zona com parâmetros mais compatíveis com entorno seria a Zona Comercial 4. O parecer concluiu que, quanto aos aspectos urbanísticos, a implantação é compatível com o que já existe na vizinhança", disse. Segundo ela, o Ippul ainda terá de avaliar as medidas de compensação presentes no EIV.

O diretor do Hospital do Câncer, Nivaldo Benvenho, reforçou a importância de um centro de prevenção e do diagnóstico precoce da doença. "Nós atendemos 92% dos casos pelo SUS. Mas a maioria dos pacientes encaminhados para o hospital já estão nos estágios 3 e 4. Quando você é encaminhado nessa situação, os custos ficam acima de R$ 40 mil reais por indivíduo. Quando consegue detectar doença em estágios 1 e 2, os gastos chegam a R$ 16 mil por paciente e você devolve o paciente para a família muito mais rápido. Existem muitos tratamentos, desde que haja tempo. Nós podemos colaborar com isso", disse.

No terreno do Município, o Hospital do Câncer de Londrina pretende construir uma Unidade de Prevenção e Cuidados Paliativos com 60 leitos, consultórios de especialidades médicas, posto de coleta laboratorial e equipamentos para diagnóstico precoce. A proposta exige que a obra comece em até 12 meses a partir da publicação da lei e seja concluída em até 24 meses. O Hospital do Câncer de Londrina foi criado em 8 de novembro de 1965 e, atualmente, atende a pacientes de mais de 220 municípios do Paraná e de outros estados.

Asimp/CML

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