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O último levantamento sobre a confiança do comércio traz ânimo e motivação para empresários e consumidores. De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Comércio subiu 3,1 pontos em março, saltando de 82,5 para 85,6 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014.

Para o consultor econômico da ACIL, Marcos Rambalducci, a melhora do humor nos setores do comércio acontece porque as medidas adotadas para a economia começam a surtir seus primeiros efeitos e apontam para a retomada do crescimento ainda neste primeiro semestre de 2017. “A taxa de inflação, que a um ano estava em dois dígitos, agora está no centro da meta com perspectivas de fechar o ano a 4,1%, segundo o Boletim Focus do Banco Central. Seja fruto da atuação do Banco Central, da recessão ou da super-safra 2017/2018, o fato é que uma redução da inflação é um indicador festejado de forma efusiva”, ressalta.

Rambalducci explica também que os números refletem no comportamento do consumidor. “Primeiro porque garante o poder de compra do consumidor e a estabilidade no preço dos insumos utilizados no fabrico, segundo porque significa redução na taxa de juros que sinalizam para uma maior disponibilidade de crédito para quem compra e dinheiro mais barato para quem investe”, explica.

Segundo o consultor, outros fatores, como a liberação de recursos do FGTS, também contribuem para a continuidade desta tendência. “Some-se a isso o recurso extra nas mãos do trabalhador decorrente da liberação do dinheiro de contas inativas do FGTS, canalizado tanto para o pagamento de dívidas quanto para o consumo e temos um cenário que gera expectativas de crescimento no consumo e na produção. A sansão da lei que regulamenta a terceirização, inclusive das atividades-fim é outra medida que se soma para melhorar as expectativas futuras na medida em que dá sustentação jurídica à contratação de trabalhadores neste regime, permitindo às empresas adequarem-se em função de suas sazonalidades, aumentando os postos de trabalho e a renda circulante, em especial para as micro e pequenas empresas.”

Mesmo com a melhora das expectativas, Rambalducci lembra que incertezas nos quadros político e econômico ainda merecem atenção. “A consolidação de expectativas positivas ainda carece da aprovação de medidas que garantam o equilíbrio fiscal do governo federal. Aí sim, a economia estará no mesmo vetor que as expectativas”, afirma o consultor econômico da ACIL.

Imprensa/ACIL

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