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Lideranças políticas, empresariais e do setor produtivo se reuniram na manhã desta sexta-feira, 25, na ACIL, para discutir a construção do Contorno Norte. O ramal rodoviário  desafogará o tráfego pesado da região através de um novo corredor de desenvolvimento econômico, além de proporcionar a atração de mais indústrias e empresas, fortalecendo a logística da Região Metropolitana de Londrina.
 

“O primeiro traçado foi pensado há 20 anos e está totalmente inviável. Nesses 20 anos a cidade se expandiu e tomou conta de onde passava o traçado original. Não tem cabimento um trajeto passar por dentro da cidade, se deparar com sinaleiros, quando o objetivo é agilizar o tráfego em nossas rodovias”, disse o presidente da ACIL, Claudio Tedeschi.
 

Para executar um novo Contorno Norte, haveria também a necessidade de desapropriar terrenos que passaram a ser ocupados com o decorrer dos anos. “O primeiro contorno ficou inviável tecnicamente porque a cidade evoluiu. E quando há um avanço, para se fazer qualquer obra é preciso realizar desapropriações de terrenos que já estão urbanizados e, por isso, são mais caros.  No traçado que estamos estudando agora existem terrenos agrícolas que deixam a viabilização mais em conta”, explicou Tedeschi.
 

O contrato atual com a Econorte prevê a execução do Contorno Norte para 2021, num traçado simples, com cinco intervenções, previsto no valor desatualizado de R$ 30 milhões. Os números atualizados passariam para R$ 130 milhões, sendo a responsabilidade de desapropriação de terrenos do Governo do Estado.
 

Caso o contrato da Econorte seja alterado para pista dupla e com 14 intervenções, o custo passaria para R$ R$ 460 milhões, fora as desapropriações.
 

“Não há mais interesse de que essa obra seja feita em pista simples. Outro ponto é o trajeto proposto no atual contrato, que também passou a ser desinteressante. O traçado deixaria de ser um contorno já que passaria pelo perímetro urbano de Londrina. E um novo percurso, um pouco mais extenso, alteraria o valor da execução da obra e fugiria do que prevê o atual contrato com a concessionária”, ressaltou o deputado Thiago Amaral.
 

Outro projeto apresentado na reunião foi de antecipar a duplicação da BR 369 de 2021 para 2017, porém com intervenções que não contemplariam o Contorno Norte.
 

Já o projeto do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) contempla uma alternativa viária, vista pelas lideranças como uma possível solução apenas para os próximos 30 anos: um Rodoanel no trajeto contemplado por cerca de 300 quilômetros e, dentro dele, a inserção da obra do Contorno Norte.
 

Próximos passos
 

Um grupo técnico, com representantes de algumas lideranças políticas, empresariais e engenheiros, será formado para analisar qual será o modelo ideal para o Contorno Norte. O encontro está previsto para ocorrer na segunda semana de dezembro. “Queremos tirar um pouco da discussão regional e política, trazer para uma discussão técnica e econômica de viabilidade. Estudar junto com o Governo qual é o traçado ideal e que tipo de recurso seria possível viabilizar”, conta o presidente da ACIL.
 

“Precisamos de forma conjunta entender qual é o melhor traçado, qual seria o custo para as desapropriações desse modelo, qual seria o melhor formato dessa duplicação e, aí sim, junto com a Econorte e com o DER, estudar a melhor proposta financeira, e decidir se será o Governo do Paraná que irá arcar com o custo para fazer essa compensação do contrato, se será uma nova concessão ou outra alternativa. Vamos confrontar o projeto da sociedade londrinense com o projeto do DER e o projeto da Concessionária”, diz Thiago Amaral.

Assimp

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