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Dos 50 municípios com maior participação no PIB Nacional, Londrina é o único classificado entre os paranaenses fora da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). É o que aponta o levantamento divulgado, na última quinta-feira (14), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com relação ao quadro do PIB até o ano de 2015. No período de 2014 a 2015, Londrina foi a cidade que teve maior crescimento percentual do PIB (registrou 7,9%) entre as cinco mais populosas do estado, ou seja, aquelas com mais de 300 mil habitantes.

No mesmo período e no quesito crescimento percentual, o município fica em 3º lugar entre as dez maiores cidades do Paraná, com mais do dobro do percentual da capital Curitiba (3,06%), e à frente de Maringá (6,08%), ficando atrás apenas de Paranaguá (9,3%) e Foz do Iguaçu (30,18%). O PIB total de Londrina passou de R$16.455.810 bilhões, em 2014, para R$17.756.527 bilhões, em 2015.

No ranking do IBGE, dos 50 municípios com maior participação no PIB Nacional em 2015, a cidade subiu uma posição e foi para a 47ª colocação. Outras sete cidades do estado aparecem entre as 100 principais economias municipais: Curitiba (5), Maringá (55º), São José dos Pinhais (34º), Araucária (60º), Foz do Iguaçu (71º), Ponta Grossa (74º) e Cascavel (85º).

Uma das alavancas de Londrina é a força econômica de sua Região Metropolitana. Em 2015 o PIB total desta região foi de R$35.339.436 bilhões, cerca de 40% a mais que a quantia obtida pela Região Metropolitana de Maringá (RMM), por exemplo, que fechou em R$24.313.069. No comparativo deste mesmo ano, a região metropolitana de Londrina também teve PIB per capita e percentual maior (8,27% contra 7,79%). Em contrapartida, o PIB per capita apenas de Londrina foi menor, em 2015, em relação a outras cidades do estado (Curitiba, São José dos Pinhais, Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Paranaguá). A pesquisa também mostra que foi registrado um ganho de participação menor, entre 2010 e 2015, do que em outras localidades.

De acordo com o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, os indicadores apresentados mostram que o município está no caminho certo no sentido de fortalecer sua economia. Ele frisou que a atual administração está trabalhando para melhorar estes índices e alavancar o crescimento de Londrina por meio de ações planejadas e estratégias que abram caminho para a desburocratização e atração de novos investidores. “A economia tem fundamental importância na qualidade de vida de uma cidade e, quando este setor vai bem, é possível viabilizar a geração de emprego e renda, bem como a movimentação do setor comercial e terciário”, frisou.

Marcelo ainda ressaltou que o potencial de crescimento que o município tem poderá dar bases para que a Prefeitura tenha mais capacidade de arrecadar tributos e, consequentemente, mais condições de desenvolver serviços públicos de melhor qualidade. “Com uma economia mais sólida, é possível contratar o médico e o professor de que necessitamos, por exemplo. São processos interligados que apontam que temos que continuar trilhando este caminho para Londrina melhorar cada vez mais”, disse.

Ao contrário do setor industrial de Londrina, que caiu de 20,15% (2014) para 18,4% (2015), o segmento comercial novamente colaborou para o município crescer entre as economias brasileiras. Neste mesmo período, os serviços subiram de 64,74% para 66,38%.

Segundo o secretário municipal de Gestão Pública, Fábio Cavazzotti, Londrina possui uma vocação natural para o setor comercial e a Prefeitura deve buscar alternativas para agregar ao potencial de crescimento de sua região metropolitana formas para expandir também a área industrial. “O fato de Londrina ter registrado um crescimento percentual de PIB maior que Curitiba, Maringá e outros municípios importantes do Paraná, é um exemplo positivo e que precisa ser valorizado, pois muitas vezes o olhar é direcionado apenas aos aspectos negativos. Precisamos explorar os potenciais com visão regional para atrair investidores, empresários e impulsionar o fortalecimento industrial, que trará o ganho de desenvolvimento que o município vem buscando”, comentou.

O presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), Nado Ribeirete, disse que uma das válvulas mais importantes para que a cidade efetivamente tenha mais crescimento econômico são as práticas de desburocratização.

Ele apontou que a Prefeitura vem atuando no sentido de oferecer aos empresário um ambiente mais favorável para a instalação de empreendimentos. “Temos muitos entraves como o excesso de leis desatualizadas e questões defasadas de zoneamento, por exemplo, que são fatores que dificultam a expansão industrial de que Londrina tanto precisa. Para isso, estamos trabalhando durante todo o ano com ações específicas em todas as frentes, na comissão de desburocratização, elaboração do Plano Diretor, estudos para criação de áreas específicas para indústrias, programas de incentivo aos empreendedores locais, entre outras estratégias”, salientou.

N.com

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