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No Brasil, apenas seis cidades terão a tecnologia 5G no agronegócio, incluindo Londrina, que será a única da região sul e a segunda cidade brasileira a receber o sinal

Na quarta-feira (23), o secretário municipal de Governo, Alex Canziani, esteve em Brasília para debater a instalação de uma antena de telefonia e internet 5G em Londrina. Ele se reuniu com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e a deputada federal, Luísa Canziani. Juntos eles definiram que, em 20 de julho deste ano, uma antena 5G será instalada e inaugurada na sede da Embrapa Soja de Londrina, que está localizada na Fazenda Santa Terezinha, no distrito de Warta, a 20 km do centro de Londrina.

Segundo o secretário municipal de Governo de Londrina, nesta data, devem vir a Londrina para a inauguração da antena, além das autoridades já mencionadas, a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias; o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes; e o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Arthur Coimbra.

Para isso, o governo federal trabalha na elaboração do edital para o leilão de frequência 5G e o Ministério das Comunicações está fazendo os testes com as operadoras do sinal e outras empresas que detém essa tecnologia. Assim, os equipamentos que transmitem o sinal serão instalados antes da finalização do edital, por isso ainda não está definido quem transmitirá o sinal. A estimativa é que, para a instalação da antena 5G, os técnicos levem cerca de dois dias.

“Esse é o novo patamar da internet. Ela é 100 vezes mais rápida do que a normal, o que dá uma condição fantástica para o desenvolvimento de projetos, para rodar um grande volume de dados ao mesmo tempo e para a transmissão e recepção de dados. O 5G possibilitará que pessoas no campo a utilizem, inclusive a própria Embrapa, que tem todo um web ambiente para testar as condições da internet”, explicou o secretário municipal de Governo, Alex Canziani.

No Brasil, apenas seis cidades terão a tecnologia 5G no agronegócio, incluindo Londrina, que será a única da região sul e a segunda cidade brasileira a receber o sinal. Além da instalação na Embrapa, serão realizados testes de internet 5G na Rua Sergipe. A ação fará parte do projeto “Rua Sergipe Inteligente” e foi confirmada pelo presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Calvet, à deputada federal.

Em termos de benefícios, a transmissão e o recebimento de dados com a 5G é mais veloz. As redes 3G, por exemplo, transmitem dados na ordem de 0,12 a 6 Mbps. Já o 4G permite a troca de informações a uma velocidade entre 5 Mbps e 12 Mbps, enquanto o 5G estima-se que pode chegar a 100 Mbps. Com seu uso no campo, o 5G possibilitará a utilização de robôs e ferramentas automatizadas, que poderão transmitir e receber dados e comandos imediatos. Assim, esses instrumentos poderão passar pela plantação, por exemplo, capturando e enviando imagens da cultura, o que permitirá a identificação imediata do melhor tratamento a ser utilizado na área.

Para o ministro das Comunicações, Fábio Faria, a conectividade no campo elevará produção agropecuária a novos paradigmas, pois cada vez mais haverá uma sinergia entre o campo e a tecnologia.

“Durante muito tempo, o agro funcionou de forma pujante sem a tecnologia ou com pouca tecnologia. E, agora, chegou o momento de o Brasil, que já tem uma força muito grande no agronegócio, com a chegada do 5G, conseguir mostrar ao mundo o poder do agro. Estamos acompanhando, que na pandemia, que o Brasil teve uma queda no PIB menor do que praticamente todos os países do Europa, apenas atrás de Estados Unidos e China, devido ao resultado do que o agro representa para o país. Se conseguirmos imaginar o que a implementação do 5G pode fazer, aí que teremos resultado ainda maiores”, disse o ministro das Comunicações.

Projeto-piloto

Londrina foi escolhida pelo Ministério das Comunicações para receber o projeto-piloto que utilizará a tecnologia nas áreas rurais, porque desde novembro de 2019 é sede do Polo de Inovação do Agro, instalado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para a deputada federal, Luísa Canziani, essa instalação do 5G em Londrina vem após muito trabalho. “A antena 5G em Londrina é o resultado de um árduo trabalho, que confirma a vocação do Município como uma cidade inovadora e preparada para o futuro”, disse a deputada.

O raio de abrangência da antena é de 5 km, podendo atingir picos de até 10 quilômetros, incluindo a região urbanizada do distrito de Warta (zona norte). Com a instalação da antena, espera-se levar a conectividade ao campo e assim contribuir para o aumento da produtividade das lavouras e da renda do produtor. Isso porque, será possível captar informações como dos componentes do solo, de plantas e do desempenho animal, e processá-los em plataformas e sistemas, dando subsidio para a tomada de decisão do agricultor.

Além disso, o sinal 5G ficará aberto a todos os usuários da telefonia móvel que tenham um aparelho com essa tecnologia. Por isso, além da Embrapa, as empresas e as cooperativas ligadas ao agronegócio poderão utilizar a tecnologia. Para o chefe-geral da Embrapa Soja, isso beneficiará o ecossistema de inovação de Londrina, colocando o Município na vanguarda dos testes de tecnologia na agricultura e ajudando a zona rural a se tornar um polo de pesquisas e soluções para o agronegócio.

Além de Londrina, participam do projeto-piloto os seguintes municípios: Rondonópolis (MT), Padef (DF), Uberaba (MG), Ponta Porã (MS), Rio Verde (GO), Petrolina (PE) e Bebedouro (SP). A expectativa é que eles recebam uma antena 5G até o final de 2021.

Sobre o “Polo Tecnológico”

Londrina tem o Polo Tecnológico do Agro por ter sido considerada uma cidade com instituições de ensino, pesquisa, governança, entidades, empresas e produtores rurais que trabalham em prol da área. Com isso, consegue atrair interessados em firmar acordos de cooperação e iniciativas comerciais, de ensino e de pesquisa para levar o desenvolvimento e novas soluções ao campo.

NCPML

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