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Segundo a “Radiografia do Ecossistema Brasileiro de Startups”, a cidade está entre as 20 melhores para negócios de inovação e tecnologia

Londrina foi apresentada, oficialmente, com uma das principais comunidades de startups do país, durante coletiva realizada no gabinete do prefeito Marcelo Belinati, na sexta-feira (25). Na ocasião, foi divulgada pesquisa da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), onde a cidade conquistou posição dentre as 20 mais bem avaliadas do Brasil. A iniciativa, que contou com a participação de diversas entidades, como o SEBRAE, SENAI e Red Foot Comunidade de Startups, teve como objetivo trazer visibilidade ao destaque que Londrina obteve, ao superar grandes capitais.
Atualmente, Londrina possui mais de 400 startups - empresas em fase inicial que desenvolvem produtos ou serviços inovadores, de base tecnológica e com um modelo de negócios facilmente replicável. A flexibilidade é uma das principais características desses empreendimentos, que possuem potencial rápido de crescimento, inclusive financeiro.
Para Marcelo Belinati, o momento com as startups se assemelha com o experimentado, no passado, com o café. “Este é o ciclo do café do futuro. É assim que eu vejo a tecnologia para Londrina. Todos os nossos esforços têm sido no sentido de criarmos uma base de sustentação, para que Londrina seja cada vez mais referência na área da tecnologia”, frisou.
O prefeito reforçou seu apoio a todos os entes locais envolvidos no processo de surgimento de novas startups e falou sobre uma importante demanda. “Sabemos da necessidade de recursos financeiros para esse ecossistema, vamos buscar captá-los em entidades e instituições. Estaremos juntos nisso”, assegurou.
A Radiografia do Ecossistema Brasileiro de Startups foi realizada pela ABStartups com apoio da agência Accenture. Participaram mais de mil startups de todo o país por meio de questionário online. Os dados foram obtidos entre setembro e outubro de 2017.
Em relação a ecossistemas, a pesquisa da ABStartups citou que a Red Foot, comunidade que iniciou com startups de Londrina em 2016 e hoje abrange toda a região norte do Paraná, está entre as três regiões com melhor avaliação dos empreendedores quanto ao apoio recebido. Esse índice levou em consideração serviços especializados em startups para suporte, a colaboração com instituições de pesquisa e grandes empresas, e os parques tecnológicos. Outro destaque londrinense no material refere-se aos talentos. Mais uma vez, a Red Foot foi registrada entre as comunidades mais bem avaliadas em todo o país, como um grande polo de inovação.
Durante a coletiva, Marcelo parabenizou a Red Foot, que representa os empresários de startups de Londrina e cidades da região. “É preciso mostrar as coisas boas da nossa cidade, às vezes nem os londrinenses sabem de todo o potencial que nós temos. No que depender de mim, e o que estiver ao meu alcance, vamos trabalhar juntos. Que Londrina seja, cada vez mais, referência na área de tecnologia e informação, porque eu enxergo em vocês, na qualidade dos nossos profissionais, na criatividade que existe aqui, o futuro de Londrina. Parabéns a todos”  
O presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (CODEL), Bruno Ubiratan, destacou a união existente na comunidade de startups e citou o desafio de tornar essa área ainda mais próspera. “O prefeito nos deu a missão de trabalhar na área de tecnologia e inovação em Londrina. Criamos recentemente o edital de inovação, onde as startups vão poder testar seus produtos junto ao poder público. E tenho certeza que a iniciativa privada, junto com o poder público, fará com que Londrina, que já é grande, se torne uma potência em inovação e tecnologia”, afirmou.
Representando a comunidade Red Foot, o empreendedor Marlon de Carvalho Paschoal comentou que o início do grupo ocorreu em 2016, com a missão de mudar a forma como outras cidades vêem Londrina. E citou que apesar de Londrina estar muito bem colocada no ranking de eficiência na geração de startups, a preocupação a ser enfrentada é quanto a estabilidade dessas empresas. “Temos que melhorar para que esses números também avancem. É preciso cercar as startups com o ecossistema, consumir o que elas produzem, incentivá-las e respeitar o seu trabalho. Londrina está muito bem no mapa e isso é resultado de muito esforço, mas agora precisamos de outros resultados”, apontou.
Repercussão

Segundo o gestor estratégico de startups do Sebrae, Lucas Ferreira Lima, a divulgação oficial da pesquisa é uma importante forma de reconhecimento ao trabalho do empreendedor local. “É muito interessante a análise desse material, que é o mais atual em relação ao ecossistema nacional de startups. Ele faz referência aos principais polos de inovação, no que tange à inovação voltada a startups no Brasil, e nisso Londrina se destaca, sendo uma das três cidades brasileiras que não são capitais e foram bem avaliadas. Sabemos que em 2019 um novo material deve ser divulgado, e cremos que nas próximas edições Londrina estará ainda mais bem posicionada”, comentou.
A presidente do Fórum Desenvolve Londrina, Cláudia Romariz, acrescentou que o ambiente de inovação favorece insumos extremamente importantes para o desenvolvimento das pessoas, tanto na área da tecnologia como do design, envolvendo a economia criativa. “Londrina está, como diz seu hino, de braços abertos para estimular a competitividade, a continuidade, o crescimento e fomentar o ecossistema de inovação, para que ele ganhe cada vez mais evidência. Parabenizamos os incentivadores, os empreendedores, e as pessoas que estão fazendo a diferença para que Londrina se torne, novamente, uma cidade competitiva, com visibilidade no mercado sem fronteiras”, disse.
Segundo o deputado federal Alex Canziani, os investimentos feitos nas últimas décadas em Londrina, especialmente na área da educação, permitiram que a cidade experimentasse esse novo momento. “Isso é algo que me entusiasma cada vez mais, por isso vejo com muita alegria tudo o que foi construído aqui, ao longo dos anos, e divulgamos positivamente para o Brasil e o mundo. Poucos lugares no Brasil têm os mesmos ativos que temos aqui, sejam pessoas, instituições ou laboratórios. E o novo passo que precisamos tomar é o de transformar nossa região, trazer talentos que venham para cá para transformar seus sonhos em realidade”, citou.
A pesquisa pode ser conferida na página da ABStartup, no link ecossistemasdestartups.com.br. Também participaram da apresentação o presidente do APL de TI de Londrina e região, Gilmar Machado; o gerente regional do SEBRAE/PR, Fabrício Bianchi; e representando o SENAI, Naira Pissinati.
Juliana Gonçalves/NCPML

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