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Prazo foi concedido após análise de nova representação protocolada contra o vereador, por supostas irregularidades envolvendo o chefe de seu gabinete

A Mesa Executiva da Câmara Municipal de Londrina reuniu-se extraordinariamente ao final da sessão ordinária de ontem (31) para analisar representação protocolada em desfavor do vereador Boca Aberta (PR) e concedeu o prazo de 10 dias para defesa prévia do parlamentar. A autora da nova representação, a enfermeira Regina Amâncio, pede o afastamento cautelar do vereador e do chefe de seu gabinete, Robson Massarutti de Paula, sob alegação de prejuízo ao erário por suposta contratação de funcionário fantasma (fraude no horário de trabalho) e suposta divisão de salário.

De acordo com a denúncia, o assessor, que é advogado, atenderia clientes particulares no horário de trabalho e teria pago despesas particulares de Boca Aberta, bem como os honorários de outros advogados que defendem o vereador.


O presidente da Mesa Executiva, vereador Mario Takahashi (PV), ressaltou que os fatos denunciados nesta nova representação são diferentes daqueles que embasam denúncias anteriores feitas pela enfermeira, e que por envolverem possível prejuízo aos cofres públicos, exigindo rápidas providências do Legislativo. “O presidente da Casa é o ordenador de despesas, mas quem indica as nomeações é o vereador. Precisamos agir rapidamente, pois tratam-se de denúncias graves, que envolvem dinheiro público. Tudo será devidamente apurado e o vereador poderá decidir qual será as providências em relação ao assessor”, garantiu Takahashi.

O vereador Boca Aberta, por sua vez afirmou que recebeu com estranheza a notícia da representação. “Lanço um desafio para qualquer pessoa provar que esta denúncia tem fundamento. Vamos solicitar as gravações das imagens do circuito interno de câmeras da Casa, provando que o assessor dá expediente todos os dias no gabinete, e preparar a nossa defesa.”

Comissão Processante

A enfermeira e servidora municipal Regina Amâncio já protocolou outras representações contra o vereador Boca Aberta. Uma delas, a de nº 3/2017, é investigada por Comissão Processante (CP) instalada no mês de julho e baseia-se no fato de o parlamentar usar sua página no Facebook para divulgar campanha arrecadatória de recursos para pagamento de multa eleitoral no valor de R$ 8 mil, ao qual foi condenado por propaganda irregular em setembro de 2016. A CP analisa possível conduta incompatível ao decoro parlamentar e indicará o arquivamento do caso ou a cassação do mandato do vereador. O encerramento do processo, inclusive com a realização da sessão de julgamento, deverá acontecer até o dia 9 de outubro.

Asimp/CML

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