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O secretário municipal de Governo, Marcelo Canhada, promoveu na tarde da sexta-feira (26), reunião entre representantes de diversas secretarias e órgãos municipais, com a presença da vereadora Daniele Ziober Sborgi. O tema da reunião foi a questão da tração animal na cidade, com base nos artigos 70 e 71 do Código de Posturas do Município (lei 11.468/2011), com o objetivo de atender ao pedido de informação feito pela vereadora ao Município sobre a regulamentação e aplicação da legislação na cidade.

O Código de Posturas prevê que, até 2018, deverá ser extinta a atividade de carroceiro na zona urbana de Londrina. O secretário municipal de Governo adiantou que foi elaborada uma série de ações e providências que serão tomadas em conjunto, para que seja regulamentada e aplicada essa determinação. “Uma das primeiras medidas que iremos realizar é viabilizar, junto à Promotoria do Meio Ambiente, um local adequado para enterro e destinação dos animais mortos, sejam de pequeno, médio ou grande porte. Além disso, a Secretaria Municipal de Assistência Social, juntamente com a CMTU, fará um cadastramento socioeconômico das pessoas que trabalham como carroceiros na cidade”, afirmou Canhada.

Para a vereadora Daniele Ziober Sborgi, o encontro foi muito produtivo. “Nós temos que ser rápidos para destinar esses animais da melhor forma possível, sem desamparar as pessoas que trabalham com eles. A atividade de carroceiro não é mais uma profissão viável, então precisamos encaminhar essas famílias para que tenham outro suporte financeiro e não dependam mais dos cavalos. E, ao mesmo tempo, liberar os animais da carga e maus tratos que muitos enfrentam. O encontro foi muito produtivo, já tivemos anteriormente uma pré reunião, e com esse pedido de informação a gente firmou e regularizou tudo, pois estamos oficializando para que a ação seja efetiva”, destacou.

O médico veterinário da Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Valmor Venturini, explicou que a Prefeitura está dividindo a questão em duas frentes: os animais de grande porte utilizados em atividades econômicas, e os que são utilizados para fins de lazer. “Os animais de lazer são aqueles que as pessoas criam, e acabam soltos em ruas ou fundos de vales. Para estes casos, o encaminhamento ocorre através da Secretaria Municipal do Ambiente, pois essa criação só pode ocorrer na zona rural. Então os animais encontrados nessa condição são doados a produtores rurais cadastrados na Sema. E temos os casos em que os animais, principalmente cavalos, têm uso em atividade econômica, com os chamados carroceiros. Nosso prazo para encerrar essa prática é até 2018. É uma medida que vai evitar acidentes nas vias públicas, maus tratos aos animais, a destinação incorreta de resíduos sólidos em especial nos fundos de fale, e também auxiliar na questão das zoonoses, pois são animais com alto risco de transmissão de doenças”, frisou.

Venturini destacou ainda que o Município vai atuar na readequação dos carroceiros em nova atividade econômica, para que não haja um impacto social. “É um trabalho conjunto entre secretarias e órgãos municipais, com todos falando a mesma linguagem. Ao reinserir esses carroceiros em outro trabalho, estamos pensando no animal, nas pessoas que os utilizam, e na comunidade londrinense. Várias cidades fizeram isso e tiveram bons resultados, como Joinville e Porto Alegre. Os técnicos da Prefeitura já tinham essa posição, mas faltou vontade política. Agora, com apoio e incentivo do Prefeito, dos secretários municipais e dos vereadores, estamos todos envolvidos para juntos resolvermos esse problema”, ressaltou.

A expectativa é que nova reunião ocorra daqui trinta dias, para repassar o andamento dos trabalhos. Também participaram o diretor de Operações da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU), Odivaldo Moreno Alves; o gerente de Limpeza Urbana da CMTU, Álvaro do Nascimento Marcos; o gerente de Projetos e Análise Ambiental da SEMA, Bruno de Camargo Mendes; o assessor de fomento da Economia Solidária e microcrédito orientado da Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Renda, Rogério Santos; e a coordenadora de Saúde Ambiental e Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, Sandra Cristiane Oka.

N.com

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