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A estratégia visa dar mais eficácia a processos de projeção, construção, fiscalização e uso de edificações; palestra nesta terça (3) iniciou as ações

A Prefeitura de Londrina deu o primeiro passo para iniciar um planejamento acerca da implantação da estratégia BIM (Building Information Modeling), em português, Modelagem da Informação da Construção. Trata-se de um conjunto de tecnologias e processos integrados que, caso seja incorporado pelo Município, poderá propiciar mais eficiência e aprimorar a sistemática de elaboração de projetos de construção civil e outros. A expectativa é que, futuramente, isso possa impactar de forma positiva sobre a qualidade, desempenho e controle dos serviços prestados, principalmente com relação às obras públicas.

Ontem (3), no auditório da Prefeitura, a palestra “BIM e esferas de governo – mudança de paradigma”, ministrada pelo professor Sérgio Scheer, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), reuniu engenheiros, arquitetos e técnicos de secretarias e órgãos do Município, além de profissionais de outras instituições. A iniciativa foi viabilizada, em parceria, pela Prefeitura, Governança da Inovação na Construção Civil Norte do Paraná (iCON) e SEBRAE-PR.

Especialista no assunto, Scheer orientou e discorreu sobre o BIM. Dentre alguns conceitos apresentados, o BIM pode representar, de acordo com a normativa mais recente do Governo Federal (Decreto nº 9.983 – agosto 2019), como um conjunto de processos, com base em tecnologia aplicada, que permite a criação, a utilização e a atualização de modelos digitais de uma construção, de modo colaborativo, servindo a todos os participantes de um empreendimento.

Segundo o professor, essa plataforma já começou a ser utilizada recentemente pelo governo federal e estadual, e os municípios estão sendo incentivados a adotar medidas para implantação do BIM, para se adequarem à nova legislação. “Com foco em infraestrutura e construção civil, o BIM pode ser um modelo muito útil para que os governos municipais melhorem a eficiência e os resultados de suas construções públicas, com a otimização de fases de planejamento, projeto, construção e operação dos empreendimentos, por exemplo. Isso facilita também a gestão de recursos, pois diminui o desperdício e o retrabalho”, frisou.

De acordo com a docente Ercília Hitumi Hirota, do Departamento de Construção Civil da UEL, e integrante da Governança de Inovação da Construção Norte do Paraná (iCON), é necessário, antes de qualquer coisa, escolher bem qual será o tipo de aplicação do BIM. “É preciso saber o que os municípios desejam quando adotam o BIM, para qual finalidade será utilizado, qual o modo de compartilhamento de dados, gestão das ações, entre outros aspectos. O passo inicial é muito importante, de começar a criar essa cultura e incentivar a adoção do BIM de forma adequada, conforme os objetivos que se pretende a curto, médio e longo prazo”, afirmou.

O diretor de Edificações Públicas da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação, Fernando Tunouti, disse que a Prefeitura de Londrina inicia este trabalho para que o BIM seja implantado de forma ordenada. “Inicialmente, deve haver um planejamento estratégico consistente. Nesse primeiro momento, a palestra com um especialista é importante para alinhar conhecimentos e preparar um projeto, uma vez que o seu desenvolvimento demanda capacitação de servidores e aquisição de equipamentos. Com a adoção do BIM, a perspectiva é melhorar a padronização, planejamento, controle e manutenção de projetos, para que sejam mais completos e eficientes”, analisou.

Participaram da palestra membros das secretarias de Obras e Pavimentação, Gestão Pública, Educação, Saúde, COHAB, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL), além de representantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL), via Núcleo Interdisciplinar de Gestão Pública (NIGEP), e SEBRAE, entre outras entidades.

NCPML

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