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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realiza, a partir desta sexta-feira (1º), ações especiais pelo Dia Mundial de Luta contra a Aids. O objetivo é conscientizar a população sobre o vírus HIV, promovendo os cuidados de prevenção e procedimentos após a exposição sexual. Também haverá capacitação de cerca de 400 profissionais que atuam em centros e unidades de saúde, na realização de testes rápidos para identificar HIV, hepatite B e C, e sífilis.

Das 9 às 13 horas, agentes da SMS e da 17ª Regional de Saúde estarão no calçadão de Londrina, em frente ao Banco do Brasil, fornecendo orientações sobre HIV/AIDS. A comunidade poderá tirar dúvidas sobre o teste rápido, que é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município, e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Ambulatório Aids.

Haverá ainda a entrega de folders educativos, lubrificantes, preservativos masculinos e femininos. Estudantes do curso de enfermagem de duas universidades participam da ação. O objetivo é sensibilizar a comunidade sobre a importância das práticas que previnem quanto ao contágio do vírus HIV e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).  

Capacitação – O CTA, em parceria com a Diretoria de Atenção Básica da SMS, inicia na sexta-feira (1º) uma Atualização em HIV e Hepatites Virais para profissionais que atuam na área de saúde. Devem participar cerca de 400 profissionais, divididos em duas turmas, com curso nos dias 1º e 5 de dezembro, e também 15 e 19 de dezembro.

O médico da SMS, Fábio Guedes Crespo, explicou que as capacitações ocorrem no decorrer do ano, para os profissionais que realizam o teste rápido. “Esta atualização vai abranger conhecimentos da doença e explicar sobre o teste rápido, para poder manter as implantações nas unidades básicas. Também vamos discutir casos clínicos para os profissionais, como troca de experiências”, afirmou.

Vão comparecer os profissionais que atuam nas UBS, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Hospitais (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e Maternidades), Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) 1 e 2, Casa de Custódia de Londrina, Centro de Socioeducação (CENSE), CRESLON, Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (CISMEPAR), Clínica Psiquiátrica e Vila Normanda, Centros de Atenção Psicossociais (CAPS), e Centro de Referência IST/AIDS/HV.

Para o enfermeiro do CTA, Edvilson Cristiano Lentine, a atualização visa reforçar o olhar clínico para doenças como HIV e demais IST’s. “Essas capacitações contribuem para que médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos identifiquem esses sintomas com rapidez e ofertem os exames”, contou.

Números – De janeiro a outubro deste ano, os serviços de saúde em Londrina realizaram 13.834 testes rápidos, com confirmação de HIV em 143 casos. O teste rápido, para HIV e sífilis, é oferecido nas maternidades dos hospitais Araucária, do Coração (Unidade Bela Suíça), Evangélico, Mater Dei, Universitário, e Maternidade Municipal Lucilla Ballalai.

O exame também é realizado nos hospitais Doutor Anízio Figueiredo (Zona Norte), Doutor Eulalino Ignácio De Andrade (Zona Sul), no CTA, na Clínica Psiquiátrica de Londrina e Villa Normanda, na PEL I e II, e em 40 UBSs situadas na área urbana e rural do município. Nestes locais, o exame identifica se o paciente possui HIV, sífilis, hepatites B e C.

Somente no CTA, foram realizados 1.981 testes para HIV neste ano. Destes, 106 deram positivo, o que representa 5,35% do total. A maioria dos exames (1.409) foi realizada em pacientes do sexo masculino, sendo que 90 testes tiveram resultado positivo. Entre mulheres, dos 572 testes executados, 16 apontaram positivo para HIV.

A faixa etária com maior procura para exames de HIV no CTA foram homens com idade de 20 a 24 anos, que realizaram 379 exames, e tiveram 32 resultados positivos. Para o enfermeiro do CTA, isso reflete a postura do jovem que se considera imune ao contágio dessas doenças. “Existe também uma visão, principalmente nos jovens, de que o HIV e demais IST’s possuem tratamento, então não há motivos para se preocupar. Além disso, muitos se sentem seguros porque confiam em seus parceiros, e não utilizam preservativo. No entanto, todos estão vulneráveis, seja em casais heterossexuais ou homossexuais. E culturalmente, o preservativo é visto apenas como método anticoncepcional. Porém a camisinha é essencial para prevenir doenças infecciosas, em qualquer tipo de relação”, frisou.

Lentine apontou que a testagem rápida inclui aconselhamento antes e após o resultado do exame, como orientação do paciente quanto aos comportamentos de risco e formas de prevenção. “O papel do indivíduo é muito importante. Vemos pacientes que fazem o teste e o exame dá negativo mas, após um tempo, repetem o comportamento de risco e ao repetir o exame descobrem que deu positivo. É preciso entender que há doenças sexualmente transmissíveis e que a prevenção é essencial”, citou.

Segundo o enfermeiro do CTA, ainda há casos de pacientes que, após descobrirem serem portadores do HIV, não seguem o tratamento corretamente. “Essa conscientização é fundamental, porque envolve a decisão de cada indivíduo. É preciso lembrar que, além de infecções que ele poderá desenvolver, há o risco de transmissão para outras pessoas”, ressaltou.

N.com

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