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Procura por práticas ao ar livre cresceu e a tendência é que siga em alta. Novos empreendimentos lançados na cidade já trazem infraestrutura para os esportes

Na tentativa de evitar ambientes fechados, aglomerações e exposição ao coronavírus, muitos londrinenses trocaram a academia e o futebol por esportes ao ar livre, sem contato físico e, portanto, mais seguros na pandemia. Neste cenário, duas atividades tiveram destaque especial: o ciclismo e o beach tennis. Ambas as práticas cumprem bem o papel de manter corpo e mente ativos e ainda garantem uma dose extra de prazer e diversão para toda a família.

Criado no final da década de 1980, na Itália, o beach tennis - uma mistura do tênis tradicional, vôlei de praia e badminton - chegou ao Brasil em 2008, no Rio de Janeiro, e cresceu rapidamente para outras cidades litorâneas e, até mesmo, não praianas, como Londrina. O sucesso da modalidade se deve pela facilidade que qualquer pessoa, independente de sexo e faixa etária, aprende a jogar e pela diversão que proporciona.

Além disso, o beach tennis se mostrou uma ótima opção para quem quer melhorar o condicionamento físico e cuidar da saúde. Hoje, o Brasil é a segunda maior força do mundo no esporte, atrás apenas da Itália. O dono de uma escola de tênis de Londrina, Valdemir de Almeida Silva, mais conhecido entre os amigos como Valdena, foi quem trouxe o esporte para a cidade, há cerca de seis anos. As primeiras partidas e competições ocorreram no Aterro do Lago Igapó.

Hoje, segundo o professor, a cidade conta com mais de 80 quadras de beach tennis. Elas são de areia e bem menores que as do tênis tradicional, um retângulo de 16 metros de comprimento e 8 metros de largura para os jogos de duplas e de 4,5 metros de largura para os jogos de simples – uma pessoa em cada lado da quadra -, dividida por uma rede de 1,70 metro de altura. “70% dos adeptos são mulheres. É um esporte mais feminino e familiar”, conta.

No início, Valdena confessa ter imaginado que a prática seria uma moda passageira.  “Mas, veio para ficar. É um esporte mais democrático e que cresceu muito na pandemia por ser ao ar livre”, afirma. A prática mistura atividade física e lazer e envolve desde crianças até idosos. A empresária Juliana Sorace conta que tinha um certo preconceito antes de conhecer melhor o beach tennis. “Achava que era jogo de peteca, algo para terceira idade”, brinca.

Até que aceitou o convite de um cliente amigo e se apaixonou pelo esporte que, segundo ela, é muito interativo. “A gente joga com música, não existem disputas muito acirradas, tem muita brincadeira e é mais fácil de aprender, mesmo sem aula”, comenta. Ela conta que evitou ir à academia durante a pandemia e adotou o esporte ao ar livre por ser mais seguro e garantir bom condicionamento físico.

A popularidade do beach tennis já chegou a vários clubes da cidade. De olho na tendência, a Vectra projetou a primeira quadra de beach tennis em Londrina. Com metragens oficiais, o espaço será construído no complexo de esportes e lazer do Wonder, empreendimento vertical de alto padrão lançado neste ano na Nova Prochet, região que desponta como novo polo imobiliário da cidade.

O coordenador de Marketing da Vectra, Vitor Rodrigo, explica que cada empreendimento é projetado com exclusividade e sempre são levadas em consideração as tendências de esporte e lazer, assim como a relevância que essas atividades possuem para o bem-estar e qualidade de vida dos moradores. “O beach tennis virou uma febre na cidade e é um esporte que agrada clientes de todas as idades”, atesta.

Para Juliana Sorace, a vantagem de ter uma quadra oficial dentro dos condomínios é que os vizinhos poderão se conhecer e interagir entre si. “Dá pra criar um grupo de Whats e chamar a galera para jogar. Como as partidas são curtas, todos podem participar”, sugere. Para ela, além de movimentar o corpo, o esporte ajuda na interação e convivência, dissipa preocupações do dia a dia e ainda favorece novas amizades.

Faltaram bikes na pandemia

Assim como o beach tennis, a procura por bicicletas também cresceu na pandemia. Em 2020, segundo monitoramento da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), as vendas aumentaram 50% em relação ao no anterior. E, neste ano, o segmento continua em alta. Só no primeiro semestre, o Brasil registrou média de 34% de aumento nas vendas de bikes comparado ao mesmo período do ano passado.

Semanas após o primeiro fechamento do comércio na pandemia, as lojas de bicicletas entraram na lista de atividades essenciais do governo do Paraná e puderam reabrir as portas. O ciclista profissional e dono de uma loja de bikes e acessórios em Londrina, Luciano Pagliarini, conta que, durante sete meses, faltaram bicicletas no mercado para venda e entrega, tanto pelo crescimento na procura, como pelo fechamento nas fábricas e atrasos na produção.

No período em que faltaram bicicletas no mercado, Pagliarini conta que a loja trabalhou com manutenções. “Muita gente arrumou a bike velha e a colocou pra rodar”, afirma. Só há cerca de um mês e meio começaram a chegar bicicletas para venda, mas o empresário diz que ainda vai levar um tempo para o mercado normalizar. Para Pagliarini, Londrina é uma cidade muito favorável para o ciclismo, porque é muito fácil acessar a zona rural e pedalar com tranquilidade.

Além dos grupos de bike que pedalam por lazer, muitas pessoas têm usado a forma de transporte para se locomover pela cidade. É o caso do administrador Luiz Afonso Giglio que, há seis anos, usa a bike para se deslocar de casa para o trabalho. Para ele, a rotina de atividades físicas confere mais saúde e disposição no dia a dia. “Também tem a economia de combustível. É muito mais gostoso voltar pra casa de bike do que de carro, quando eu ficava preso no trânsito. Hoje, eu consigo perceber mais a cidade”, detalha.

Claro que a locomoção exige muita concentração e equipamentos de segurança. “É preciso ter um comportamento reativo em relação aos outros veículos. Uso a malha cicloviária sempre que possível, além de capacete, retrovisor. Sempre estou atento e sigo a legislação de trânsito”, afirma. Na avaliação dele, ainda falta ampliar o número de ciclovias na cidade para dar mais segurança aos ciclistas, além de incentivar que estabelecimentos comerciais ofereçam pontos de paradas para as bikes.

os novos condomínios em construção na cidade, os bicicletários já são realidade. Um espaço com área de apoio para guardar as bicicletas será oferecido no Wonder. “Inserimos o bicicletário para maior comodidade dos moradores, assim, não precisam se preocupar com espaço e segurança para suas bicicletas”, afirma o coordenador de marketing da Vectra, Vitor Rodrigo. Já o Odyssey, outro empreendimento da construtora, no centro de Londrina, contará com uma sala de ferramentas compartilhada, para que os adeptos da prática possam fazer pequenas manutenções nas bikes.

Amanda de Santa/Asimp

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