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A partir de agora, as mulheres atendidas no CAM poderão fazer o registro da agressão no Boletim de Ocorrência Eletrônico, no próprio centro, em uma sala específica para isso

Prestar atendimento humanizado e acolhedor às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, residentes no município de Londrina. É com este objetivo que o Centro de Atendimento à Mulher (CAM) teve sua nova sede inaugurada, oficialmente, ontem (22), na Avenida Santos Dumont, 408.  O prefeito Marcelo Belinati e a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Liange Doy, descerraram a placa no local.

Os atendimentos no novo espaço iniciaram efetivamente no início de maio, mas a abertura oficial foi realizada hoje em alusão ao Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, instituído pela Lei 19.873/2019, em memória à morte violenta da advogada Tatiane Spitzner e a todos os outros casos de feminicídio registrados no Estado. “Somente no ano passado, 89 mulheres morreram no Paraná vítimas de feminicídio. Por isso, é importante termos um espaço para que as mulheres se sintam acolhidas e possam denunciar a violência, para que não chegue ao ponto de perderem suas vidas”, enfatizou o prefeito Marcelo Belinati.

O prefeito destacou que o novo espaço é uma conquista para a cidade e principalmente para as mulheres, pois possibilita um atendimento humanizado e acolhedor, para dar apoio, carinho e conforto a essas mulheres. “Londrina é uma cidade protagonista, que apoia as mulheres vítimas de violência doméstica e faz trabalhos de prevenção ao feminicídio. Neste sentido, esse novo espaço do CAM vem para garantir um ambiente ainda melhor para assistir estas vítimas”, frisou.

A secretária Liange Doy disse que a inauguração oficial do CAM no Dia Estadual de Combate ao Feminicídio foi para mostrar às mulheres que elas não estão sozinhas. De acordo com a secretária, quando a mulher está em situação de violência doméstica e precisa de um atendimento especializado, para romper o ciclo da violência, ela pode procurar o CAM. “Lá, ela é atendida por uma uma equipe composta por psicólogas, assistentes sociais e advogada, que presta atendimentos psicossociais e orientação jurídica. Sabemos que é muito difícil para a mulher, sozinha, romper o ciclo da violência e buscar ajuda. E no centro de referência ela tem um serviço público, gratuito e especializado, para que a violência que ela sofre não chegue ao feminicídio”, afirmou.

A secretária explicou ainda que o atendimento no CAM é sigiloso. “Não falaremos para ninguém que a mulher procurou o serviço. Ao ser atendida, ela passará por um acolhimento inicial, onde diversos pontos serão avaliados, como o porquê dela estar nessa situação de violência, e ninguém vai culpá-la por isso disso. Estamos aqui para ajudar”, afirmou.

Novidade

A partir de hoje, a grande novidade é que as mulheres atendidas no CAM poderão fazer o registro da agressão no Boletim de Ocorrência Eletrônico no próprio centro, em uma sala específica para isso. O registro não vem acompanhado de Medida Protetiva, mas, caso seja necessário, a mulher será encaminhada para a Delegacia da Mulher para solicitar a medida.

A delegada da Delegacia da Mulher de Londrina, Magda Marina Hofstaetter, apontou que a violência contra a mulher não tem impacto somente na área criminal, mas também em outras esferas de sua vida pessoal. “Essa parceria com o CAM vai proporcionar uma melhor acolhida para essa mulher, que poderá passar por atendimento com psicóloga, assistente social e advogada. Se necessário, também poderá ser encaminhada ao abrigo. Assim, garantimos um atendimento mais humanizado e digno à mulher vítima de violência doméstica, para que ela possa romper esse ciclo de violência e seguir com a sua vida”, disse.

Serviço

O CAM funciona de segunda a sexta, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. A acolhida inicial a essa mulheres está sendo feita presencialmente e qualquer outro serviço pode ser feito pelo telefone 3378-0132. O local está seguindo todas as diretrizes da Secretaria Municipal de Saúde para garantir segurança e proteção aos atendimentos durante a pandemia do novo coronavírus. Por isso, é feita a higienização do espaço, entre um atendimento e outro, e estão sendo disponibilizadas máscaras de proteção e álcool em gel. O local conta com uma sala para cada técnico e tem brinquedoteca para as crianças, que muitas vezes estão acompanhando as mães.

NCPML

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