Evento será realizado no auditório do Iapar com o CEO da Horus Aeronaves, Fabrício Hertz
O 1o. Conexão Agro Tech, que será realizado nesta quarta-feira (26), no auditório do Iapar, traz Fabrício Hertz, CEO da Horus Aeronaves, de Florianópolis (SC), uma das cinco melhores startups do agronegócio no Brasil. Ele fará uma palestra com o tema “Uso de drones no desenvolvimento da agricultura” e em seguida haverá um voo demonstrativo.
O evento é gratuito e dirigido a produtores rurais, pesquisadores, agrônomos, técnicos e estudantes. Serão apresentados os tipos de drones utilizados na agricultura, passando pela forma de operar/mapear até aplicações e resultados obtidos nas principais culturas (análise de falhas e produtividade, identificação de daninhas, pragas e doenças, saúde e crescimento da vegetação, integração com maquinário agrícola, entre outros) e cases de sucesso.
Com base nas imagens coletadas pelo drone, a empresa produz um relatório, que é enviado em até 48 horas para o produtor. "Assim, ele tem muito mais informações para as suas tomadas de decisão", afirma Fabrício Hertz.
A empresa de desenvolvimento de vants está no radar do Startups to Watch, uma das maiores pesquisas de mercado. Criada em 2014, a Horus cresce 100% ao ano. Com sedes em Florianópolis (SC) e Piracicaba (SP) – o Vale do Silício do Agro -, a agtech atua no Brasil e na América Latina e se prepara para conquistar mercados na África e Austrália.
“Os drones são uma importante ferramenta para fazer com que o produtor tenha um controle maior sobre o que de fato está acontecendo na safra. É uma tecnologia que permite ao agricultor extrair informações e esses dados vão auxiliá-lo a tomar decisões no momento mais correto. Poderá trabalhar, por exemplo, no manejo de pragas, manejo de questões nutricionais das plantas e até mesmo na aplicação de insumos. Hoje, a gente consegue transformar uma problemática apontada no mapeamento feito pelo drone em uma espécie de mapa temático, conseguindo melhorar a produtividade ao fazer um manejo mais eficiente”, exemplifica Hertz, lembrando que são informações que o produtor pode ter na palma da mão, através de um smartphone.
A Horus já desenvolveu quatro modelos de drones e algoritmos de inteligência artificial para o processamento automatizado das imagens. Uma das aeronaves é o Maptor Agro, um aparelho com autonomia de até 60 minutos de voo e câmera multiespectral, que tem aplicação na análise de falhas e produtividade, identificação de pragas, saúde e crescimento da vegetação, identificação de deficiência nutricional, aplicação de insumos em taxa variável e controle ambiental e ocupação.
“Nos próximos anos, a tendência é que a tecnologia dos drones avance e novas funcionalidades surgirão. Provavelmente, vamos contar com sistemas de detecção de anomalias em tempo real. A aeronave estará sobrevoando a plantação e o produtor já estará sabendo se tem alguma praga, qual é essa praga e o tamanho da área que pode estar afetando. No futuro, essa capacidade de leitura de dados será muito mais rápida”, prevê o palestrante.
O mercado brasileiro oferece drones com diferentes aplicações e preços, o que desperta dúvidas nos produtores sobre o custo/benefício da compra do equipamento e questões legais, como o registro do equipamento na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Investimentos
Em 2017, a startup recebeu aporte de R$ 3 milhões do Fundo de Inovação Paulista (FIP) para desenvolver novos produtos e ampliar a rede comercial. Recentemente, na rodada de investimento aberta no dia 1º de agosto de 2018, a Horus atingiu seu objetivo de captar R$ 2 milhões na Eqseed, Plataforma On-line de Investimento Equity Crowdfunding. Além do valor investido, a Horus também alcançou o recorde de maior valor investido em menor tempo – em apenas 34 dias.
A empresa foi criada por Fabrício Hertz e os amigos do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Lucas Bastos e Lucas Mondadori.
Ao participarem de um projeto de pesquisa com drones e campeonatos nacionais e internacionais, os três enxergaram uma oportunidade de negócios que, atualmente, emprega 27 colaboradores.
O 1º Conexão Agro Tech tem patrocínio do Sistema Faep/Senar-PR/Sindicato Rural Patronal de Londrina e Sicredi. Apoio Iapar, Acil, Cocamar, Idealiza Gráfica e Editora, Sebrae e Roberto Custódio Fotografias.
Vera Barão/Asimp
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