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Dados levantados nos últimos 6 meses apontam as necessidades da população e fazem parte da elaboração do Plano de Mobilidade

Neste final de semana, a Prefeitura de Londrina, por meio do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL), realizou a 1ª audiência pública do Plano de Mobilidade de Londrina. O encontro aconteceu das 9h às 13h30, no auditório do Sindicato do Comércio Varejista de Londrina (SINCOVAL) e contou com a presença de, aproximadamente, 200 pessoas.

Os especialistas da LOGIT, empresa de São Paulo (SP) com expertise no desenvolvimento de soluções inteligentes e eficientes em transporte, fizeram uma apresentação detalhada dos resultados da Pesquisa Origem Destino de 2019. Ela abarcou diversos tópicos importantes para a execução das políticas públicas para as mais diversas áreas, em especial a de mobilidade urbana. Além disso, os presentes assistiram as explicações técnicas dos profissionais do IPPUL e puderam fazer perguntas oralmente e por escrito.

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De acordo com o presidente do IPPUL, Roberto Alves Lima Junior, o encontro superou as expectativas e contou com um público muito diversificado, como ciclistas, pessoas com deficiência, associação de moradores, representantes de entidades de classe e dos conselhos municipais, pesquisadores e estudantes de graduação das principais universidades de Londrina, vereadores, secretariado municipal e do público em geral.

“Os dados apresentados pela empresa mostraram tudo aquilo que foi realizado durante a fase de diagnóstico da situação da mobilidade em Londrina, e foi muito relevante porque vários deles confirmaram o diagnóstico que fizemos durante a elaboração do Plano Diretor do Município como, por exemplo, a respeito da produção e do estímulo à geração de emprego e instalação de empresas na zona norte e o significativo número de áreas vazias que existem na cidade”, explicou o presidente do IPPUL.

Resultados – Todos os dados apresentados durante a audiência pública estarão disponíveis gratuitamente, no site do IPPUL, até o fim do dia desta segunda-feira (28). Para acessá-los, o interessado precisa entrar no http://ippul.londrina.pr.gov.br e clicar na aba Plano de Mobilidade Urbana – PLANMOB Londrina.

Entre os dados, foram computados a quantidade de deslocamentos feitos por carros, motocicletas, ônibus públicos e privados, bicicletas e a pé; os motivos pelos quais as pessoas se deslocam de um ponto ao outro; os motivos que levam a população a se deslocar (se por conta do trabalho, lazer, estudo ou por outro motivo). Os pesquisadores também mostraram para quais regiões e destinos as pessoas costumam ir, quais são os horários com maiores picos de movimento e qual é a qualidade do serviço prestado. Outro ponto avaliado durante a pesquisa foi quanto as viagens intermunicipais e o transporte de cargas.

Segundo a diretora de Trânsito e Sistema Viário do IPPUL, Denise Ziober, as informações trazidas com o estudo ajudam os servidores e o corpo técnico do Município a elaborar políticas públicas de acordo com as necessidades da população. Isso porque, para a elaboração da pesquisa, foram ouvidas de cerca de 40 mil pessoas. Entre elas, foram visitados 10 mil domicílios, dos quais retirou-se uma amostra de 5.150 residências. Nestas, todas as pessoas com mais de 10 anos responderam as perguntas dos pesquisadores.

Além dessas, também deixaram sua opinião 6 mil pessoas que trafegavam na entrada e saída da cidade, por meio do trânsito de passagem e de carga; 1.500 usuários do transporte público e 600 ciclistas. Computaram-se também os dados referentes às contagens volumétricas. “Fomos muito elogiados devido à qualidade dos dados apresentados, o que é gratificante para nós, porque sabemos que ali estava presente a vontade da população, pois toda a base de dados veio dos questionários aplicados com os munícipes”, disse a diretora do IPPUL.

Entre os resultados apresentados, Ziober aponta que, com o decorrer do tempo, está havendo uma redução no número de moradores por domicílio, assim, abaixando a média para 2,6 moradores por local. Além disso, os resultados apontam o envelhecimento da população e o aumento de base produtora sustentando a pirâmide social.

Outro apontamento apresentado diz respeito ao número de abrigos de ônibus do transporte coletivo, a distância entre eles, as linhas que utilizam cada ponto, quantas quadras os pedestres precisam caminhar para chegar ao abrigo mais próximo, etc. Entraram também na pesquisa a quantidade de calçadas e áreas de estacionamento público e privado existentes em Londrina, assim como as necessidades da população. Isso permitiu a realização de um mapeamento das atividades socioeconômicas da cidade e o planejamento para o desenvolvimento.

Estas informações serão utilizadas para a formulação de políticas públicas nas áreas de educação, saúde, trânsito, segurança, urbanismo e outras e para a simulação do cenário futuro de Londrina. Com a apresentação dos resultados, o Município finaliza a etapa do diagnóstico da situação e inicia a última fase para a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana de Londrina, que é o prognóstico. Nesta última, os problemas de mobilidade urbana serão analisados por meio das modulagens que ajudarão a elencar as soluções inteligentes para os próximos 20 anos. A expectativa do presidente do IPPUL é que até o final deste ano, o Plano de Mobilidade esteja pronto para ser encaminhado à votação na Câmara de Vereadores.

NCPML

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