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Cidade contará com um esquema especial para as obras de micropavimentação das ruas de bairros e de baixo fluxo de veículos


Para recuperar a malha asfáltica da cidade, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, sancionou ontem (21), a Lei nº 12.539, que prevê a adesão ao Consórcio Público Intermunicipal de Inovação e Desenvolvimento do Estado do Paraná (Cindepar).

Com a lei, Londrina passou a ser o maior município integrante do consórcio, que possui outros 134 municípios do Paraná, e contará com um esquema especial para as obras de micropavimentação de ruas com baixo fluxo de veículos. Para isso, um maquinário e funcionários exclusivos serão disponibilizados para os trabalhos.

A intenção do prefeito é que ao longo de sua gestão seja possível concluir os trabalhos de reconstrução do asfalto danificado com o tempo e o uso. “Quando assumimos a Prefeitura, o diagnóstico mostrava que 60% da malha estava esburacada ou precisando de recuperação, ou seja, mais da metade da cidade. Não tenho dúvida nenhuma em dizer que durante esse mandato faremos o maior projeto de reconstrução da malha asfáltica e de asfaltamento da cidade de Londrina”, disse Marcelo.

O idealizador e articulador da criação do consórcio e deputado federal, Alex Canziani, também acredita que será possível realizar o recape em grande parte das vias públicas da cidade, além de considerar a participação de Londrina um grande passo para o consórcio. “A inserção de Londrina no grupo é um avanço que precisa ser comemorado. É uma notícia maravilhosa para a cidade. Vamos fazer o maior programa de asfalto da história de Londrina”, concordou Canziani.

Para receber os serviços e máquinas, é preciso que o município elabore um cronograma com as ruas que necessitam do recape, a metragem exata e a previsão orçamentária que será investida no trabalho, o que já está sendo finalizado pela Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação.

Segundo Marcelo, a Prefeitura deve encaminhar ainda nesta sexta-feira (21) à Câmara de Vereadores um projeto de lei destinando recursos para iniciar os trabalhos de recape. Isso é necessário, porque a intenção inicial é investir R$ 3 milhões nos trabalhos ofertados pelo consórcio. Com esse valor, o município conseguirá recapear cerca de 71 quilômetros.

Como funciona

Após envio do pedido de recape ao Consórcio, os municípios depositam o valor a ser pago pelos serviços e são colocados em um calendário de execução. Do dia do depósito do dinheiro ao momento da execução do recape leva-se, no máximo, 40 dias. Cada localidade permanece com as máquinas de acordo com suas necessidades, ou seja, se a cidade contratar R$ 80 mil metros quadrados de recape permanecerá cerca de um mês com os serviços do grupo. Por conta do porte de Londrina é que o maquinário permanecerá exclusivamente no município.

Além da agilidade no processo de contratação dos trabalhos e execução das obras, as Prefeituras participantes também saem ganhando com relação ao preço dos serviços. O custo por metro quadrado da massa asfáltica aplicada varia de R$ 5,18 a R$ 7,80 dependendo da parceria que for estabelecida entre o Cindepar e a Prefeitura. Por exemplo, se o Município ceder mão de obra própria ou algumas máquinas que agilizam os trabalhos, o serviço sai mais barato. Caso o Cindepar tenha que levar todos os servidores e máquinas para a execução das tarefas arcará com o valor de R$ 7,80, que ainda assim está abaixo do preço de mercado.

Se adquirido por meio de processos licitatórios, o metro quadrado de massa asfáltica aplicada em recapes custa, no mínimo, R$ 12,00. Geralmente, as Prefeitura pagam cerca de R$ 35,00 a R$ 40,00 o metro quadrado, pois se contrata a massa de CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente) que mais grossa e suporta cargas altas de tráfego de veículos pesados como caminhões e ônibus. Com o consórcio, a micropavimentação sai por cerca de R$ 5,50. Dessa forma, com um investimento de aproximadamente R$ 500 mil, os municípios conseguem recapear 100 mil metros quadrados de área.

Segundo o diretor-executivo do Cindepar, Arquimedes Ziroldo, isso garante agilidade e eficiência aos serviços ofertados pelos municípios. “O consórcio oferece o serviço para as cidades com 3 mil habitantes e para outras de médio porte. Todos que participam saem ganhando, porque não pagam mensalidade para fazer parte do Cindepar e ainda poupam tempo com a não utilização dos processos licitatórios que são morosos. Além disso, é um processo eficiente, porque só depende do interesse do prefeito em depositar o dinheiro para tê-lo executado”, explicou.

Os maquinários disponíveis no Cindepar são utilizados na pavimentação de vias com baixo tráfego de veículos como ruas e estradas asfaltadas, mas com buracos e estragos que levam à necessidade do recape. Primeiro, é necessário fazer a operação de tapa-buracos para, em seguida, aplicar o micropavimento. O procedimento de micropavimentação conta com o uso de uma massa asfáltica mais fina, por isso não é indicado em vias que serão recapeadas pela primeira vez ou naquelas que recebem a circulação de veículos pesados como ônibus e caminhões.

Segundo o secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa, a partir de agora os servidores municipais da pasta vão trabalhar para deixar o pavimento pronto para receber o micropavimento, ou seja, serão intensificados os trabalhos de tapa-buracos e de recomposição do asfalto. “É um trabalho que já iniciamos e a partir de agora verificaremos os locais onde podemos fazer a aplicação imediata. Nosso trabalho é deixar a pista em condições de aplicação do micropavimento, com o tapa-buracos, a lavagem do asfalto e poda das árvores que podem atrapalhar a passagem do maquinário”, explicou.  

Durante a solenidade, o coordenador-regional da Casa Civil, Marco Antônio Santi, falou sobre a iniciativa do Cindepar em Astorga. “As ruas da cidade são um tapete. As ruas são impecáveis, inclusive as de maior tráfego. Eles asfaltaram 100% do município. Ei sou testemunha da qualidade, da economia e das vantagens que o município tem ao fazer parte desse consórcio”, finalizou.

Sobre o consórcio

Ao todo, 135 municípios participam do Cindepar criado em 3 de junho de 2013, para atender às demandas de pavimentação asfáltica nos municípios da região norte e central do Estado. No começo, eram apenas 11 cidades participantes. Dentre os participantes, 50 já receberam asfalto.

Hoje, há municípios de várias localidades do Paraná, sendo que todos os integrantes estão investindo em ações de intercâmbio de informações e cooperação técnica, científica, acadêmica e cultural e em cursos de capacitação e aperfeiçoamento dos integrantes. Pois, o  Cindepar não atua somente com asfalto, também realiza cursos de capacitação de servidores municipais, faz determinados fretes para as prefeituras associadas e, em breve, irá fabricar manilhas para as galerias pluviais.

Para tudo isso, o consórcio público conta com 16 máquinas e equipamentos, três usinas de micropavimentação, uma usina de pré-misturado a frio (PMF) que fica em Astorga, um caminhão-usina de Tratamento Superficial Triplo (TST), dois caminhões, uma destocadora, uma extrusora, um caminhão trancha, dois rolos compactadores e dois tanques-pipas, que somam mais de R$ 4,5 milhões.

Estiveram presentes na solenidade o secretariado municipal, os vereadores Estevão da Zona Sul e João Martins, o prefeito de Astorga, Antonio Carlos Lopes, o coordenador-regional da Casa Civil, Marco Antônio Santi, e representantes das forças de segurança.
Ana Paula Hedler/NC/PML

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