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Primeira fase da vacinação será dividida em quatro etapas, atingindo 170.500 pessoas dos grupos prioritários e totalizando a aplicação de 341 mil doses

O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, e o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, divulgaram, em live transmitida pelas redes sociais no domingo (17), o Plano Municipal de Imunização Contra a Covid-19. Referindo-se ao início da vacinação no Brasil, com a aplicação da primeira dose em uma enfermeira do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo, Marcelo ressaltou a importância da ocasião.

 “Foi emocionante ver esse momento histórico para o país, que assinala o início do fim da pandemia. O que vai resolver a situação difícil que estamos vivendo é a vacina que, apesar das brigas políticas e fake news, é extremamente eficaz e passou nas análises mais rigorosas possíveis. Parabenizo o Instituto Butantan e a Fiocruz pelo compromisso com a vida, já que essas organizações tomaram a frente na busca por uma solução. Esses institutos, que estão participando da elaboração das vacinas, são um orgulho para o Brasil”, enfatizou o prefeito.

O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, explicou que, em Londrina, o Plano Municipal de Imunização vai beneficiar 170.500 pessoas em sua fase inicial, totalizando a aplicação de 341 mil doses. “O nosso Plano, que está alinhado ao Plano Nacional de Imunização, será dividido em quatro etapas, começando pelos grupos prioritários, que são mais vulneráveis ao vírus. Estamos seguindo rigorosamente o que foi preconizado pelo Ministério da Saúde”, explicou.

Já o prefeito Marcelo assegurou que o Munícipio dispõe da infraestrutura necessária para a implementação da campanha nos próximos dias. “A Prefeitura está completamente preparada para vacinar a população londrinense. Londrina conta com insumos como as agulhas e seringas, assim como o know how da Secretaria Municipal de Saúde. Isso só é possível porque, desde o princípio, nós realizamos o planejamento, compra e estoque dos equipamentos necessários”, afirmou.

Fases

O primeiro grupo a ser vacinado, composto por 26 mil pessoas, abrange os idosos residentes em asilos e os trabalhadores do setor de saúde do munícipio.

Na segunda fase, que atingirá 85 mil pessoas, serão imunizadas as pessoas acima dos 60 anos, iniciando-se na faixa acima dos 80 anos e prosseguindo em ordem decrescente de idade.

Em seguida, receberão a vacina 21 mil indivíduos que possuem comorbidades como diabetes mellitus, hipertensão, doenças pulmonares, cardíacas, cerebrais ou renais crônicas, anemia falciforme, câncer, obesidade grave e transplantes.

Já na quarta fase, que contemplará 77 mil pessoas, serão vacinados professores (do nível básico ao superior); membros das forças de segurança e salvamento; funcionários do sistema prisional; pessoas em situação de rua; pessoas com deficiências permanentes severas; e trabalhadores do sistema de transporte (rodoviário, aéreo e caminhoneiros).

Logística

Para a execução do Plano Municipal de Vacinação, a Prefeitura de Londrina conta, no momento, com 118.286 seringas e agulhas disponíveis, entre outros insumos – sendo que mais itens chegaram no domingo (17) e serão liberados nos próximos dias. Além disso, o Munícipio tem capacidade para armazenar até 250 mil doses da vacina e possui quatro veículos especiais para a sua distribuição diária.

Londrina também conta com 200 vacinadores; uma central de armazenamento (prevista para entrar em atividade na quarta-feira); 50 salas de imunização; 10 equipes volantes para a realização de vacinação extramuros, fora das unidades de saúde (das 7h às 22h); e uma central de digitação e inteligência, destinada ao registro e monitoramento das doses.

Entre os possíveis pontos de vacinação, estão as 50 salas de imunização das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município; diferentes locais onde poderão ser realizadas ações no formato drive-thru, incluindo o Centro de Eventos, o Parque de Exposições Ney Braga e o Autódromo; e recintos que receberão ações in loco, como aqueles onde atuam os profissionais do setor de saúde.

A Prefeitura conta, ainda, com uma estrutura complementar de apoio formada por vários órgãos e secretarias municipais, assim como pelo Tiro de Guerra, universidades, veículos de imprensa e unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).

Vacinas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o uso emergencial das vacinas Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório Sinovac; e AstraZeneca – que será importada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e foi desenvolvida em conjunto pelo laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford. A previsão é de que, até o mês de abril, 100 milhões de doses sejam produzidas no país – o que possibilitará a imunização de 50 milhões de pessoas.

Marcelo lembrou que a Prefeitura de Londrina já havia se adiantado, iniciando negociações para adquirir vacinas diretamente do Instituto Butantan. “Há alguns dias, tivemos uma reunião com os diretores do Instituto e chegamos a finalizar o protocolo de intenção de compra. Agora, isso não é mais aplicável pois o governo federal vai adquirir todas as doses”, explicou.

Citando a Coronavac, o prefeito destacou a eficácia da vacina, que prevenirá 50,38% dos casos e amenizará consideravelmente os sintomas para o restante dos imunizados, evitando completamente que a doença evolua para sua forma grave. “A eficácia da vacina é fantástica, pois quem for imunizado não vai pegar a forma grave da doença e nem vai transmitir o vírus. Por isso, depois de dez meses, o tormento causado pela Covid-19 está chegando ao fim. Mas é importante que, enquanto a situação não estiver resolvida, as pessoas continuem sendo cuidadosas: elas devem usar as máscaras de proteção, manter o distanciamento e higienizar as mãos frequentemente, com álcool em gel ou água e sabão”, frisou.

Boletim

Durante a live, as autoridades municipais divulgaram os dados do último boletim referente à situação da Covid-19 em Londrina. Com 298 novos casos, o munícipio contabiliza um total de 25.905 casos confirmados desde o início da pandemia. Destes, 24.958 evoluíram para a cura, enquanto os óbitos totalizam 505 – com três novas ocorrências desde o boletim anterior.

A média móvel registrada apresentou uma pequena redução, indo de 253,4 casos para 238,4. Já o índice de transmissibilidade (R0) passou de 1,20 para 1,16.

No que se refere à ocupação de leitos, 41,76% são ocupados por pacientes oriundos de Londrina, 37,36% por pessoas que provêm de outros munícipios e 20,88% dos leitos permanecem livres.  Os leitos gerais (SUS e privados) apresentam uma ocupação de 49%, sendo de 70% para as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adultas e 68% para as UTIs pediátricas. Já os leitos específicos para Covid-19 do SUS estão com uma ocupação de 84%, sendo de 79% para as UTIs adultas e 7% para as pediátricas.

NCPML

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