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Município protocolou recurso administrativo junto à SESA, solicitando revisão das medidas restritivas estipuladas em decreto estadual

O prefeito Marcelo Belinati apresentou, ontem (1°), durante transmissão ao vivo realizada em seu gabinete, o posicionamento oficial do Município em relação ao Decreto Estadual n° 4.942, que suspendeu atividades consideradas não essenciais pelo período inicial de catorze dias.  Londrina, que centraliza a 17º Regional de Saúde, foi incluída entre o rol de cidades que devem adotar medidas mais restritivas de isolamento social contra o novo coronavírus, entre elas o fechamento do comércio. O Município solicita à Secretaria Estadual de Saúde que seja revista a interpretação dos índices da situação local.

Marcelo explicou que Londrina se preparou para a pandemia com antecedência e que investiu mais de R$40 milhões em recursos públicos. O planejamento incluiu a suspensão, no final de março, das atividades econômicas, dentre muitas outras ações. “Desde o início, Londrina, por meio da união com a Câmara Municipal, empresários, sindicatos e toda população, vem adotando todas as medidas preventivas e de assistência, preconizadas pelas melhores autoridades e pesquisadores do mundo. Fomos uma das primeiras cidades do Brasil a tornar obrigatório o uso de máscaras de proteção, fomos uma das primeiras a adotar o isolamento social quase total. Tudo isso nos permitiu alcançar um cenário efetivo no combate à pandemia”, citou.

O prefeito destacou os principais índices analisados no enfrentamento da pandemia de coronavírus, e mostrou que Londrina registra dados melhores do que outras cidades, ainda que algumas delas não tenham sido incluídas na quarentena estipulada pelo governo do Estado. “Não podemos comparar a cidade de Londrina com cidades que estão perto de 100% de ocupação dos leitos de UTI. Vivemos uma outra realidade, graças ao esforço conjunto da cidade, do nosso povo. Frente a isso, causou-nos surpresa as novas regras do decreto estadual, no que toca à cidade de Londrina”, afirmou.

Dessa forma, o prefeito explicou que são necessários alguns esclarecimentos, que justifiquem a imposição da quarentena para a cidade. “Em primeiro lugar, pela ausência de tempo para que as pessoas, empresas, entidades e poder público se organizassem. Em segundo lugar, chama a atenção a ausência de dados específicos para comprovar a necessidade de quarentena em Londrina nesse momento. Cidades com indicadores piores não terão a quarentena, mas nós teremos que fechar, e essa é a grande questão, que pegou os londrinenses de surpresa. Compreendemos que o governo do Estado está considerando indicadores regionais para tomar suas decisões. Não é uma análise isolada da cidade, mas da macrorregião, que abrange mais de 20 municípios”, indicou.

Por conta destes questionamentos, o Município protocolou, junto à Secretaria de Estado da Saúde, recurso administrativo frente ao Decreto Estadual nº 4.942. “Solicitamos às autoridades de saúde do Estado uma revisão das medidas aplicadas em relação à nossa cidade. Respeitamos as autoridades constituídas, as questões jurídicas elencadas, e o que estamos colocando, em respeito a todos os regramentos, é que estaremos respeitando essa decisão a partir do próximo domingo (5), para que nossa cidade possa se organizar”, antecipou Marcelo.

O novo decreto municipal n° 774 será publicado esclarecendo que, caso não haja alteração das medidas imposta pelo Estado, a quarentena estabelecida no Decreto Estadual n° 4.942 passa a valer já neste domingo (5), com flexibilização para abertura das feiras livres e somente nesta data. A íntegra do documento poderá ser conferida na edição do Jornal Oficial, disponível no Portal da Prefeitura.

Dados oficiais

Dentre as informações apresentadas na transmissão on-line, o prefeito de Londrina citou a taxa de positividade para Covid-19. Esse índice aponta, a cada 100 pessoas que fizeram exame para o novo coronavírus, quantas obtiveram resultado positivo. Quanto menor for o índice, melhor a contenção da pandemia.

Londrina possui taxa de positividade para Covid-19 de 16,68%, conforme os dados levantados até o dia 30 de junho. É o menor índice dentre as principais cidades paranaenses, como Curitiba (60,20%), Cascavel (48%), Maringá (35%), e inferior ao próprio Estado, com 20,73%.

A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), que são exclusivos para coronavírus, também é menor em Londrina, de 48%. A capital, Curitiba, possui ocupação de 78%, Cascavel, de 88,8%, e Maringá, de 57,8%.

Outra relação apresentada foi a incidência de casos positivos por 100 mil habitantes. Londrina registrou 234,5/100 mil habitantes, número inferior ao atingido pelas cidades de Maringá (358,77), Cascavel (904,24) e Curitiba (267,86).

NCPML

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