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Plataforma está disponível para iOS e Android; entre outras ferramentas, aplicativo inclui um botão do pânico, que pode ser usado por mulheres que estejam sob medida protetiva

Com o objetivo de aperfeiçoar ainda mais seus serviços e proporcionar mais segurança à população de Londrina, a Secretaria Municipal de Defesa Social lançou, na quinta-feira (4) pela manhã, o Aplicativo 153. Realizada no gabinete do prefeito, a solenidade de lançamento contou com a presença do prefeito Marcelo Belinati e dos secretários municipais de Defesa Social, coronel Pedro Ramos; e de Políticas para Mulheres, Liange Doy. Também participaram da cerimônia as juízas Zilda Romero e Márcia Guimarães, do 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher; o vice-prefeito João Mendonça; secretários municipais; o presidente da Câmara Municipal de Londrina, Jairo Tamura; o vereador Ailton Nantes; e membros da diretoria do Conselho Municipal de Segurança (Conseg), entre outros convidados.

Através da nova plataforma, que já pode ser baixada, os cidadãos de Londrina podem fazer denúncias e relatar incidentes diversos para órgãos como a Guarda Municipal (GM), a Defesa Civil e a Patrulha Maria da Penha. Entre os casos atendidos pela GM, estão situações de violência doméstica, invasão de próprios públicos, perturbação do sossego, roubo, tráfico de drogas e vandalismo. Já a Defesa Civil poderá ser acionada para os casos de queda de árvores, alagamentos, danos estruturais, destelhamentos, enxurradas, inundações, óleo na pista, tremores de terra, erosões e deslizamentos.

Desenvolvida pela empresa CPN Informática, e adotada por órgãos de segurança de diversas cidades brasileiras, a ferramenta conta com versões para os sistemas operacionais iOS e Android. Após realizarem seu cadastro no aplicativo, utilizando documentos básicos, os cidadãos terão acesso a todas as ferramentas disponíveis. Qualquer pessoa pode utilizar a plataforma, incluindo quem não reside em Londrina e está somente de passagem pela cidade. A central de emergência do Grupo de Comunicação e Monitoramento (Gcom) é responsável pelo controle das informações e atendimentos desse novo sistema, atuando 24h por dia, sete dias por semana. O sistema foi adquirido pelo município e parte dos recursos são oriundos do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Entre as vantagens oferecidas pela plataforma, estão a automatização de trabalhos que atualmente são feitos de forma manual; otimização de recursos; agilidade na comunicação; precisão dos dados recebidos, incluindo a localização exata das ocorrências; e inclusão social. Além disso, uma das principais inovações é o fato de que o aplicativo conta com um botão do pânico, que pode ser utilizado por qualquer mulher que esteja sob medida protetiva e se encontre ameaçada de violência doméstica ou familiar. Nessas situações, os chamados são encaminhados para a Patrulha Maria da Penha, que realiza o atendimento de urgência.

O secretário de Defesa Social, coronel Pedro Ramos, falou sobre as principais funcionalidades da nova ferramenta. “Quando nós iniciamos nossa missão junto ao prefeito Marcelo Belinati, a gente colocou algumas metas e propostas para que pudéssemos melhorar a qualidade do trabalho da Guarda Municipal de Londrina. Uma dessas metas era ter um sistema de gerenciamento do serviço da guarda. Nós percebemos que embora houvesse bastante esforço, ainda era muito incipiente. O sistema que a gente tinha foi desenvolvido pelos próprios guardas. Essa nova ferramenta contém seis módulos. Nós adquirimos inicialmente o módulo básico, que nos permite gerenciar as ocorrências, gerar estatísticas e registrar as informações. A gente vai deixar um legado para as outras administrações futuras sobre como trabalhar com uma ferramenta técnica operacional, em um segmento tão delicado que é a segurança pública”, concluiu.

O prefeito Marcelo Belinati falou sobre o uso dessa tecnologia em favor da segurança das pessoas. “Todas as quase 4 mil mulheres que têm medidas protetivas em Londrina terão acesso a esse dispositivo. Ao acionar esse sistema, o atendimento é direcionado, fazendo com que as equipes da Guarda Municipal tenham condição de fazer o atendimento de forma imediata”, informou.

Anteriormente, o botão do pânico era concedido, em forma física, para até 50 mulheres sob medida protetiva de urgência, por meio de análise de risco realizada pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Dessa forma, o dispositivo era utilizado como uma medida complementar, destinada a assegurar a integridade física e psicológica das mulheres contempladas. Graças ao aplicativo, não haverá mais limite para o número de mulheres sob medida protetiva que contarão com esse recurso, possibilitando a ampliação do atendimento.

De acordo com a secretária municipal de Políticas para Mulheres, Liange Doy, a medida consolida ainda mais a rede de proteção às mulheres presente em Londrina. “Agradecemos à Secretaria Municipal de Defesa Social pelo empenho em implantar um sistema que abarque todas essas proteções às mulheres, principalmente às que estão em situação de violência doméstica e familiar. Isso demonstra o compromisso da gestão Marcelo Belinati na transversalidade das políticas para as mulheres, em todas as pastas, contribuindo para a construção coletiva de políticas públicas”, disse.

Zilda Romero, juíza titular do 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, falou sobre a importância desse novo passo dado pela rede de proteção. “Até então tínhamos um botão do pânico físico. Quando uma mulher pedia a medida protetiva eu tinha que escolher aquela mulher que estava correndo mais risco para disponibilizar o dispositivo. Agora, estou tranquila em saber que todas as mulheres vítimas de violência, que têm medida protetiva de urgência, vão poder contar com esse aplicativo. Esse é um avanço muito grande, porque nós não vamos ter que selecionar qual é que está correndo maior risco. Eu pertenço à Coordenadoria Estadual de enfrentamento à violência doméstica e acompanho os demais municípios. E tenho orgulho, pois quando vou a esses lugares e vejo que eles estão pensando em implantar uma política pública, Londrina já saiu na frente”, pontuou.

Bruno Amaral e Ulisses Sawczuk/NCPML

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