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Projeto Casa Jabuticaba resgata elementos sentimentais, potencializa práticas sustentáveis e apresenta estética contemporânea de construção

Uma residência que valoriza o afeto da família por uma jabuticabeira de mais de 40 anos, numa construção com traços estéticos de arquitetura contemporânea e o melhor aproveitamento possível de ventilação e iluminação naturais, além de outros elementos de sustentabilidade. Um belo e ousado projeto que resultou em premiação internacional para o professor Lucas Raffo, do curso de Arquitetura e Urbanismo da UniFil.

Ele recebe no dia 13, em Toronto, no Canadá, o prêmio Americas Property Awards 2017, com o projeto Casa Jabuticaba – o melhor na categoria Architecture Single Residence. O concurso é um dos mais prestigiados do mundo, promovido por uma instituição da Inglaterra com participação de arquitetos de diversos países. Lucas Raffo ainda tem a possibilidade de ver o trabalho selecionado para o certame mundial, competindo com vencedores dos outros continentes.

O arquiteto conta que levou cerca de seis meses para conceber o projeto. “A ideia foi envolver a construção em torno de uma árvore. Disso surgiu um apelo emotivo bem forte: a proprietária da casa tinha no sítio da família uma jabuticabeira que lhe trazia memórias e sentimentos da infância. Com apoio de um paisagista, a árvore foi removida da propriedade em Bela Vista do Paraíso para o local da futura residência em Londrina”, relata o Lucas Raffo.

Com 435 metros quadrados de área coberta em terreno de aproximadamente 700 m2 no condomínio residencial Alphaville, a casa mantém o visual do pé de jabuticaba de diversos cômodos. De uma escada externa que leva da parte social ao espaço íntimo, sem a necessidade de entrar na residência, é possível colher frutas de toda a árvore. “São diferenciais que fortalecem ainda mais a ligação afetiva com a jabuticabeira, que mantêm viva a memória familiar e enriquecem todo o ambiente”, comenta.

As práticas sustentáveis do projeto também merecem destaque, como a captação de água da chuva por gravidade para utilização no jardim e a quantidade e qualidade de ventilação e iluminação naturais que proporcionam economia de energia. Já a proposta estética ressalta linhas construtivas retas realçadas por vários tipos de ângulos.

Formado pela UniFil em 2001 e docente desde 2009 na disciplina de Projeto Arquitetônico, Lucas Raffo ficou surpreso ao ser convidado em abril deste ano para inscrever o trabalho no concurso: “Publiquei o projeto num site especializado, o ArchDaily, e a repercussão foi grande. Com isso, veio o convite para o International Property Awards”, relata.

Aproveitar recursos naturais gera economia e contribui com planeta

Logo que concluiu a graduação na UniFil, o arquiteto Lucas Raffo morou dois anos em Barcelona (Espanha), onde fez especialização na Universidade Politécnica da Catalunha, em 2002 e 2003. A área de estudo da pós-graduação foi Integração de Energias Renováveis na Arquitetura. “Era um tema comum por lá, os profissionais usavam recursos de sustentabilidade em projetos já há algum tempo”, diz.

Ao retornar a Londrina, em 2004, projetou uma nova casa para os pais e fez vários testes para aproveitamento de elementos naturais e práticas sustentáveis. “Adotei como linha básica de trabalho na arquitetura e avalio que todos deveriam seguir por esse caminho. Não encarece os projetos, possibilita economia no decorrer dos anos e reverte em ganho imensurável aos proprietários dos imóveis e para o planeta”, enfatiza.

Asimp/UniFil

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