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Protetores independentes e tutores inscritos no programa têm atendimento domiciliar, feitos por psicóloga e médicos veterinários da Prefeitura de Londrina

Começou na quinta-feira (1°) a Campanha Julho Dourado, que promove a reflexão e divulgação de informações sobre a saúde e o bem-estar de animais domésticos. A campanha tornou-se oficial em 2018, por meio da lei estadual n° 19.472. E em Londrina, a Prefeitura tem atuado com esse objetivo, levando apoio e orientação a tutores e protetores de animais por meio de visitas domiciliares, feitas por profissionais das secretarias municipais do Ambiente (Sema) e da Saúde (SMS).

O secretário municipal do Ambiente, Ronaldo Siena, frisou que a campanha Julho Dourado é voltada para a conscientização de medidas de prevenção e cuidados responsáveis com os animais. “Por meio da Diretoria de Bem-Estar Animal (DBEA) e da Gerência de Educação Ambiental, a Sema tem executados diversas ações para que essas orientações cheguem até a população”, disse.

A diretora de Bem-Estar Animal da Sema, Graziela Damante, explicou que as visitas são feitas às famílias e protetores independentes que estão cadastrados no Programa Banco de Ração. “Este é um serviço inovador oferecido aos guardiões de cães e gatos residentes em Londrina. Além dos animais passarem por avaliação clínica por triagem, durante a visita os profissionais levam em consideração todo o ambiente, a alimentação e estado corporal, e é feita avaliação psicossocial dos moradores da residência”, elencou.

O trabalho teve início em abril, e é desempenhado pela psicóloga da DBEA, Renata Graner, e pelos médicos veterinários da Vigilância Ambiental da SMS, Carlos Bonezzi e Rafael Ranali. Desde então, cerca de 150 locais já receberam a equipe.

A psicóloga citou que os atendimentos em domicílio não são agendados, com o intuito de que a equipe encontre os animais e seus cuidadores nas condições de rotina. “Sabemos que, com a pandemia, a situação socioeconômica piorou para muitos, aumentando o número de cadastros no Banco de Ração. E como a gente quer que as doações cheguem primeiro a quem mais precisa, iniciamos essas visitas com a intenção de identificar quais estão em situação mais vulnerável”, contou.

Os atendimentos também permitem uma avaliação preliminar para reconhecer supostos acumuladores. “Não é só o número de animais que define alguém como acumulador, mas também as condições com que os animais estão sendo tratados, como é o ambiente e principalmente a saúde desse cuidador. É uma avaliação bem complexa e que transcende a esfera da Sema, por isso ao identificar esses possíveis casos fazemos o encaminhamento para as demais esferas, como a Saúde e Assistência Social”, detalhou Graner.

Em três meses de atuação, a equipe já recebeu muitos incentivos da comunidade assistida. “Muitas pessoas nunca tiveram a oportunidade de levar seu animal para que seja avaliado por um médico veterinário, ainda mais em atendimento domiciliar. Ficamos muito felizes porque muitos deles nos relatam isso, porque quando esses animais adoecem os tutores só podem obter uma indicação em lojas de pet shop. No entanto, durante a visita, o veterinário faz a avaliação e repassa as melhores orientações, com um tratamento acessível”, citou a psicóloga.

As famílias e protetores independentes de animais recebem ainda a recomendação para que se cadastrem no Castramóvel, serviço municipal de castração e microchipagem que auxilia no controle populacional dos animais.

Os atendimentos domiciliares também permitem uma apuração das informações relatadas pelos cadastrados para ter acesso ao programa do Banco de Ração, realizado pela Prefeitura de Londrina. “Infelizmente, já ocorreu de encontrarmos algumas irregularidades”, comentou Graner.

Os interessados em se cadastrar no programa devem acessar a página da Sema, no Portal da Prefeitura de Londrina. Podem participar famílias com animais domésticos que se encontrem em situação de vulnerabilidade socioeconômica, entidades e protetores independentes de animais, desde que residentes em Londrina. Só em junho, o programa já distribuiu seis toneladas de ração para cães e 750 kg para gatos.

NCPML

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