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Atividade resgata tradições da área rural da cidade por meio de uma rádio do WhatsApp e com a criação uma horta comunitária

O projeto Estação ZN, desenvolvido pelo Marista Escola Social Ir Acácio, localizado no Conjunto João da Paz, recebeu o Prêmio Sesi ODS 2021 na categoria Organização da Sociedade Civil. O projeto tem como objetivo promover o senso de comunidade e a divulgação de informações sobre o bairro por meio de um podcast no WhatsApp. A ação, que foi criada durante a pandemia da covid-19, já resultou em inúmeros programas informativos e até na manutenção de uma horta comunitária.

A escola social, que atende gratuitamente crianças e adolescentes, acredita que o reconhecimento é um incentivo para a continuidade. “É sempre bom poder inspirar mais iniciativas e nos preparar para a continuidade dos projetos. O prêmio veio para celebrar os esforços da atividade que foi essencial para nossos alunos, já que nos aproximou e minimizou os impactos que a pandemia da covid-19 trouxe, sobretudo nas áreas mais vulneráveis”, explica Lais Novaes, coordenadora do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.

O Prêmio Sesi ODS é uma oportunidade de reconhecimento para indústrias, empresas, instituições de ensino públicas e organizações da sociedade civil que estão atuando em prol dos ODS. O projeto desenvolvido pelos professores Geovane Sgabanasse e Odete Barbosa teve início no ano passado, enquanto as crianças estavam no ensino remoto e recebiam as atividades em casa.

 “A nossa ideia é recriar o senso de comunidade a partir do resgate histórico da zona norte de Londrina. Esta região é herdeira de uma cultura rural, cafeeira, onde o rádio foi um importante meio de comunicação, uma companhia. Assim, no contexto de atendimento remoto que se deu com a criação de grupos de whatsapp e a entrega de kit pedagógico, a Radiozap se tornou uma metodologia acessível aos educandos e famílias que muitas vezes não dispõe de Internet e computador em suas residências”, reforça Odete.

O meio se tornou eficaz para construir aprendizagem e superar o distanciamento social. Com o tempo, a participação se tornou ainda mais efetiva. “Os estudantes foram se apropriando totalmente do processo, sugerindo músicas, receitas, histórias e até temas para realizarmos os podcasts. Toda pauta é discutida com eles, que participam ativamente das gravações”, revela Geovane.

Tradições e a horta comunitária

O projeto que conta com a participação de estudantes de 6 a 9 anos, tem atuação efetiva das famílias, que também buscam informações por meio das atividades. Pensando nisso, e no reconhecimento de uma cultura rural ainda presente na comunidade, a horta escolar foi transformada em uma horta comunitária. “O cultivo de hortaliças conta com a contribuição das famílias, que agendam seus momentos na horta para cultivar os canteiros, plantar e colher”, reforça Geovane.

A atividade também proporciona o reconhecimento das raízes e tradições do povo, a construção de novos caminhos solidários e sustentáveis. “Podemos contribuir para o enfrentamento do empobrecimento, desemprego e fome devido à pandemia com uma solidariedade socioambiental e a sustentabilidade”, reforça Odete.

Nos próximos meses as atividades incluem o aumento da horta comunitária e um mutirão para organização, plantio e colheita das famílias da região.

Nathalie Maia/Marista Escolas Sociais

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