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Evento foi organizado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico e Agronegócio do Legislativo

A retomada da economia de Londrina após a fase mais crítica da pandemia de covid-19 e os reflexos locais da guerra na Ucrânia foram os temas debatidos na sexta-feira (25), em reunião pública realizada na sala de sessões da Câmara Municipal de Londrina (CML). O evento, coordenado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico e Agronegócio do Legislativo, foi aberto ao público e transmitido pelos canais da CML no Facebook e Youtube. A comissão é composta pelos vereadores Nantes (PP), como presidente; Eduardo Tominaga, vice-presidente; e Roberto Fú (PDT), como membro.

A intenção da reunião foi chamar a atenção de empresários e produtores rurais para oportunidades de exportação e importação de produtos industrializados e agrícolas, conforme explicou o vereador Nantes (PP), presidente da comissão. “É um primeiro passo para debatermos o ‘status quo’ da economia local e, principalmente, para debatermos as perspectivas para recuperarmos o crescimento econômico, não só de Londrina, mas de toda a região. Sabemos do potencial da nossa região, no âmbito do agronegócio, indústria, comércio e serviços”, destacou.

O professor do curso de Economia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Emerson Guzzi Zuan Esteves, que também é delegado regional do Conselho Regional de Economia do Paraná (CoreconPR), apresentou um estudo sobre a economia do Paraná e de Londrina. Segundo os dados, os Estados Unidos foram o principal parceiro comercial de Londrina em 2021, e receberam 13% das exportações do município, seguidos por Rússia (11%) e China (5,5%). Café foi o líder das exportações (52%), acompanhado por açúcar (7,3%) e máquinas de elevação, como elevadores e escadas rolantes (4,7%). Já em relação às importações, a China representou 55% das compras internacionais de Londrina no ano passado, seguida por Israel (26%) e Estados Unidos (3%). Os principais produtos comprados são relacionados à produção rural, como inseticidas e herbicidas (52%) e compostos de nitrogênio (15%).

Esteves defendeu a diversificação de parceiros comerciais de importação e exportação e também a participação de médios, pequenos e microempreendedores neste tipo de negócio. Isso porque, segundo ele, com a guerra e as restrições impostas à Rússia, há incerteza sobre os aproximadamente 16% das exportações londrinenses destinadas à Ucrânia (4,4%) e Rússia (11%), majoritariamente café, e que corresponderam a 60 milhões de dólares em 2021. “Temos que encontrar soluções, encontrar outros mercados e podem até ser nossos vizinhos aqui. Ensinando o pequeno, o médio e o microempreendedor a exportar, a gente pode reduzir essas exportações do café e exportar Tupperware, máquina de café expresso, às vezes, algumas coisas que para nós são muito básicas, mas que em outros países não têm”, afirmou.

Em relação à recuperação econômica do Município de Londrina, o estudo apontou potencial de crescimento nos setores de agroindústrias e de turismo, e ressaltou a importância de investimentos na industrialização. “Temos muita mão de obra qualificada que as universidades formam, muito pessoal de eletromecânica, agroindústria e indústria química. Eles têm um salário médio maior e, com um salário maior, vão gastar mais e gerar mais renda na economia”, disse Esteves.

Também participaram da reunião representantes de empresas, entidades, cooperativas e associações, como Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Agência Reguladora do Paraná (Agepar), Sociedade Rural do Paraná e Fórum Desenvolve Londrina.

Vinicius Friger/Asimp/CML

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