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Londrina tem várias frentes de trabalho para atender às mulheres em questões de saúde pública e enfrentamento à violência

Nesta quinta-feira (22), a partir das 15 horas, as secretarias municipais de Saúde e Políticas para Mulheres promoverão uma live sobre os serviços ofertados às mulheres pelo Município de Londrina. O objetivo do encontro, que faz parte da programação da campanha Outubro Rosa, é apresentar a Rede de Atendimento à Saúde da Mulher e a Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica, Familiar e Sexual contra a Mulher. Todos os interessados poderão acessar a transmissão pela plataforma Google Meet, através do link https://meet.google.com/yji-anvs-kgj.

Foram convidadas para participar da roda de conversa a enfermeira e Coordenadora da Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde, Priscila Colmiran, e a assistente social e coordenadora da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica, Familiar e Sexual de Londrina, Sueli Galhardi. Colmiran abordará temas como a importância da prevenção de doenças, o autocuidado feminino e os serviços de referência disponíveis em Londrina, como o Hospital do Câncer e o Cismepar. Galhardi, por sua vez, apresentará a rede de atendimento às vítimas de violência, que conta com serviços como o Centro de Atendimento à Mulher (CAM) e a Casa Abrigo Canto de Dália.

Para Colmiran, a parceria entre as secretarias de Saúde e Políticas para as Mulheres é muito importante, pois elas integram um mesmo contexto. “As questões de saúde precisam ser reforçadas, principalmente em situação de violência, quando algumas mulheres deixam de buscar o atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou de um profissional da saúde por causa dos impedimentos impostos pelos parceiros. Alguns homens não deixam a mulher buscar ajuda e realizar os exames, ou deixam apenas se eles estiverem junto ou se a profissional da saúde for mulher. Isso não deixa de ser violência, porque ele está privando a parceira de buscar ajuda. É um assunto velado na sociedade e precisamos falar sobre isso”, ressaltou a enfermeira e coordenadora da Saúde da Mulher.

A coordenadora da Rede de Enfrentamento à Violência destacou as estatísticas que apontam a violência sofrida por muitas mulheres até hoje. De acordo com Galhardi, 70% das mulheres que têm câncer são abandonadas pelos seus parceiros quando estão em tratamento ou quando ficam sabendo da necessidade do mesmo. Por isso, a rede trabalha em várias frentes como a prevenção de doenças e o cuidado com a saúde, o combate à violência, a assistência e a garantia dos direitos humanos de mulheres e meninas. Todas essas ações são realizadas em conjunto com a elaboração de protocolos de atendimentos.

 “Quando começamos a discutir o autocuidado e a prevenção de doenças como o câncer de mama e de colo de útero, percebemos que nem todas as mulheres têm a oportunidade de fazer esse autocuidado e prevenção, porque são impedidas pelos parceiros. A ideia é que o serviço fortaleça a mulher e que ela se sinta protegida e acolhida nas redes de atendimento. A prevenção e o tratamento de doenças e o enfrentamento à violência não podem ser descolados da realidade. A violência contra a mulher também é uma questão de saúde pública”, afirmou Galhardi.

Durante uma hora, as profissionais mostrarão quais são as portas de entrada para os serviços de acolhimento às vítimas, como o CAM, as UBSs, a Delegacia da Mulher, os hospitais, os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e outros serviços. Outro ponto que as profissionais abordarão é a quantidade de tempo que as mulheres precisam dispender para cuidar da própria saúde. Isso porque muitas mulheres trabalham fora, cuidam da casa e dos filhos ou estudam, não dedicando tempo para o autoexame e para as visitas aos médicos e profissionais da saúde. “As mulheres assumem muitas funções no dia a dia e, muitas vezes, elas acabam deixando o cuidado um pouco de lado. Gostaríamos de falar também sobre isso com as participantes”, finalizou Priscila Colmiran.

NCPML

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