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De acordo com informações do Placar do Trânsito, divulgado ontem (19), pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), entre janeiro e agosto deste ano, 59 pessoas morreram nas ruas, avenidas e rodovias de Londrina. Foram 25 motociclistas, 17 pedestres e 17 condutores ou ciclistas. O número é 9% menor do que o registrado no mesmo período de 2016, quando foram contabilizados 65 óbitos. Com duas mortes, o mês de agosto foi o menos violento no ano para o trânsito local. Já julho, considerado atípico, foi o período mais letal até agora e somou 14 incidentes fatais.  

Apesar da queda no índice de mortes, o levantamento revela aumento no total de ocorrências e de vítimas. Foram 2.501 acidentes com 2.961 pessoas envolvidas neste ano contra 2.319 episódios e 2.752 afetados em 2016. Na análise do diretor de Trânsito da CMTU, Hemerson Pacheco, o principal motivo para a elevação no quadro é a falta de atenção nas via. “Houve um incremento significativo na sinalização vertical e horizontal e os casos aconteceram em todas as regiões da cidade. Nenhuma morte foi ocasionada por falta ou insuficiência de placas e pinturas no asfalto, o que nos leva a crer na hipótese da desatenção”, frisou.

Entre as vias sob gerenciamento da CMTU, a Saul Elkind aparece no topo do ranking de mortes, com 8 casos. Destes, quatro aconteceram no trecho sentido a Cambé e outras quatro na área urbana. A Dez de Dezembro vem em segundo lugar, com 3 registros, seguida da Leste-Oeste, onde 2 pessoas morreram. As demais ruas e avenidas da cidade computaram 25. Dentre as rodovias estaduais e federais, a mais violenta continua a ser a PR-445, nos trechos rural e urbano, onde 9 indivíduos perderam a vida. Na sequência vem a BR-369, com 6 casos. No total, os locais administrados por outros órgãos de trânsito somaram 21 episódios fatais.

O diretor contou que, devido aos óbitos acontecidos na avenida  Saul Elkind, na região norte, a companhia realizará intervenções no local. Para isso, está em contato com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) e a Secretaria de Obras para articular a iniciativa. “A intenção é utilizar mecanismos que forcem a redução da velocidade, como tachões em zigue-zague, por exemplo. O trecho que liga o São Jorge a Cambé está com a sinalização em dia, mas mesmo assim tem registrado acidentes. Então, vamos trabalhar em conjunto para tentar sanar a questão”, afirmou Pacheco.

O perfil dos mortos segue a tendência já observada em outras edições do Placar do Trânsito. A maioria é do sexo masculino (49) e pertence à faixa etária entre 18 e 59 anos (42). Quatorze pessoas tinham mais de 60 anos, sendo que 10 delas morreram atropeladas. Vinte e cinco pessoas foram a óbito no local do acidente, 20 nas primeiras 24h após o acidente e outras 14 morreram mais de um depois da ocorrência.

De acordo com o Hemerson Pacheco, o caminho para enfrentar a violência no trânsito londrinense passa por dois eixos centrais: ampliação da sinalização e educação viária. Neste sentido, a companhia está trabalhando no lançamento da licitação que vai contratar uma terceirizada para somar no serviço de pintura. A empresa deverá fornecer mão de obra, equipamentos e insumos que possibilitem a execução de 5 mil m² de pinturas por mês. Em 2017, 48.905 m² vias já foram contemplados com as atividades.

Entre as ações de educação no trânsito, destacam-se as iniciativas da campanha “Olhe e Sinalize”, que desde julho tem atuado com fiscalização intensificada, panfletagem, orientações em eventos, entre outras intervenções. A mais recente delas ocorre nesta terça-feira, a partir das 14h, no Ginásio de Esportes Moringão. É o baile “Olhe, Dance e Sinalize”, evento que pretende reunir em torno de 1.300 idosos para abordar práticas e comportamentos perigosos no dia a dia das ruas. Das 17 vítimas por atropelamentos registrados em 2017, 10 foram com idosos acima de 60 anos.

Autuações - Nos 8 primeiros meses do ano, 129.112 autuações foram emitidas em Londrina por agentes da companhia, da Polícia Militar (PM) e pelos aparelhos de monitoramento eletrônico instalados na cidade. Foram 61.406 infrações captadas pelos radares de velocidade, 39.402 lançadas via talonário eletrônico e 11.010 flagradas pelos aparelhos que fiscalizam avanço de sinal vermelho e parada sobre a faixa de pedestres. Outros 17.294 autos são atribuídos à atuação da PM e à não identificação de condutor infrator.

Ultrapassar o limite de velocidade da via em até 20% está em primeiro no rol do de autuações, com 44.827 registros. Em segundo lugar está o avanço de sinal vermelho, com 11.467 multas, e a falta do uso do cinto de segurança, com 9.667 ocorrências.

N.com

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