Três startups londrinenses estão entre as finalistas do Ciclo de Aceleração do InovAtiva Brasil
Segunda etapa do programa terá seis semanas de mentorias e capacitação online, além de dois dias de treinamento intensivo antes do Demoday, evento de apresentação dos negócios a investidores
Três startups londrinenses foram selecionadas para o 2º Ciclo de Aceleração do InovAtiva Brasil em 2017. São elas: Rhizotech, Agribela e Termoplex, todas com soluções voltadas para o agronegócio. Vão participar desta segunda etapa 132 startups de todo o Brasil, sendo sete paranaenses. Serão seis semanas de mentorias e capacitação online, além de dois dias de treinamento intensivo antes do Demoday InovAtiva, evento em que todas elas apresentarão seus negócios a investidores. O programa é uma realização do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e Sebrae Nacional, com execução pela Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi).
Para o consultor do Sebrae/PR, Fabrício Bianchi, o fato de as três serem do agronegócio mostra que o movimento que tem sido feito por diversas entidades na região tem trazido resultados, com o surgimento e amadurecimento de projetos inovadores na área. “O InovAtiva é o maior processo de aceleração aberto no Brasil e estar entre os finalistas faz com que esses negócios fiquem em evidência. Além disso, eles terão a chance de se conectar com mentores e soluções que, isoladamente, não teriam acesso. Isso facilitará a aceleração do ciclo de vida das empresas e até a conquista de investimentos”, avalia.
Um dos fundadores da Termoplex, Vinicius Ortiz dos Santos, se disse surpreso com a aprovação para a segunda fase do programa. A empresa familiar foi fundada em 2014 e é especializada em automação agroindustrial. Ela trabalha com um sistema para controle de temperatura e umidade nos silos de armazenamento de grãos. “A primeira etapa já foi excelente para melhorarmos a gestão. A mentoria individual que recebemos nos ajudou a definir o público-alvo e entender nossa capacidade de produção”, contou. Nesta segunda fase, a expectativa é com a possibilidade de receber investimentos e fazer parcerias.
O projeto Biodrop, desenvolvido pela startup Agribela, também está entre os finalistas. A fundadora da startup, Gabriela Vieira Silva, conta que trata-se de uma cápsula biodegradável com inimigos naturais, que é liberada por drones, aviões, helicópteros ou tratores para ajudar no controle biológico de pragas nas culturas de cana de açúcar, milho e soja. “Estamos incubados há seis meses na Intuel [Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica da UEL] e o primeiro ciclo nos ajudou a acelerar o plano de negócios e estruturação da empresa. Agora, o contato com outras startups e possíveis investidores vai agregar bastante”, comemorou.
Também incubada na Intuel, a Rhizotech trabalha com inoculantes para as culturas de milho, trigo, soja e feijão. O sócio-fundador e diretor de pesquisa e desenvolvimento da startup, André Luiz Martinez de Oliveira, contou que a empresa nasceu de um trabalho acadêmico e entre pessoas sem “traquejo” na área de negócios. “A nossa participação no primeiro ciclo foi muito proveitosa e esperamos que a segunda etapa seja ainda mais relevante para consolidarmos a empresa”, afirmou. Para a Rhizotech, estar na segunda etapa representará uma oportunidade de conseguir investidores e parceiros para viabilizar uma estrutura física para produção e, desta forma, conseguir o registro dos produtos e acesso ao mercado.
Criado em 2013 pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o InovAtiva Brasil é um programa gratuito de aceleração em larga escala para negócios inovadores de qualquer setor e lugar do Brasil. O programa oferece aos empreendedores capacitação especializada, mentorias de alto nível, e a possibilidade de conexão com investidores e suporte de parceiros estratégicos.
Asimp/Sebrae/PR
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