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Inaugurado em 1988, terminal conta com apenas duas câmeras próprias de monitoramento interno e não há agentes de segurança fixos no local

Uma visita técnica promovida pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de Londrina ao Terminal Rodoviário da cidade, ontem (12), constatou problemas estruturais e de segurança no local. Além de o prédio apresentar goteiras em diversos pontos, o terminal conta com apenas duas câmeras próprias de monitoramento interno em funcionamento, para cobrir quase 17 mil metros quadrados de área construída.

A segurança também é prejudicada pela falta de agentes fixos da Guarda Municipal ou da Polícia Militar dentro e fora do edifício. A visita à rodoviária foi realizada pelo presidente da comissão, vereador Jamil Janene (PP), que participou de reunião com Sandro Neves, superintendente do terminal; Márcio Tokoshima, diretor administrativo-financeiro da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), órgão responsável pelo gerenciamento do terminal e o assessor de imprensa da companhia, José Otávio Sancho Ereno.

Furtos

Segundo Sandro Neves, a segurança da rodoviária cabe à Guarda Municipal, mas a instituição afirma que não possui efetivo suficiente para deixar agentes fixos no espaço. Neves conta que há casos de passageiros que têm a carteira ou mala furtada durante a viagem ou mesmo nas plataformas de desembarque. Outro problema, de acordo com o superintendente, é a insegurança provocada pela presença de moradores de rua debaixo das marquises do edifício e nas imediações da rodoviária, como no posto de combustível desativado que fica ao lado do terminal e que abrigará a nova sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Londrina. O superintendente diz que são encontradas com frequência facas e outras armas brancas na área externa da rodoviária onde se concentra a população de rua.

Além de o terminal não contar com a presença de agentes de segurança, as poucas câmeras em funcionamento não permitem a identificação dos criminosos que agem no espaço. Questionado pelo vereador Jamil Janene sobre os recursos empregados na manutenção do terminal, Neves explicou que os valores são oriundos das taxas de embarque pagas pelos passageiros, do aluguel dos lojistas e do estacionamento. “Temos uma arrecadação mensal de aproximadamente 600 mil”, diz. Durante a reunião, Neves afirmou ser possível utilizar parte do valor para a aquisição de novas câmeras e para a construção de grades que dificultem a permanência de moradores de rua, medida que já foi autorizada pela CMTU. Já a reforma da cobertura exigiria um investimento mais alto, impossível de ser coberto com os recursos próprios do terminal.

Providências

Após conhecer os problemas da rodoviária, o vereador Jamil Janene se comprometeu a agendar uma reunião com o prefeito Marcelo Belinati (PP) e a Guarda Municipal para solicitar segurança 24 horas no local. Também sugeriu ao superintendente da rodoviária e aos representantes da CMTU que estudem a viabilidade de ampliar a área de fluxo de passageiros no entorno do edifício, com a abertura de uma segunda entrada para o prédio. “Uma das entradas poderia estar acessível apenas às pessoas que embarcariam e a outra, para quem tivesse desembarcado. Com isso, aumentaríamos o fluxo de pessoas onde hoje se concentram os moradores de rua. Daríamos vida ao que hoje está morto”, defende.

Marcela Campos/Asimp/CML

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