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Estudo da Fundação SOS Mata Atlântica e do INPE que analisa a vegetação natural a partir de 1 hectare revela que a cidade tem hoje 8,6% de remanescentes do bioma

A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram na semana passada dados inéditos sobre a situação da Mata Atlântica em Curitiba. A partir de uma metodologia que reduz de 3 hectares (ha) para 1 a área mínima de identificação das imagens captadas por satélite, foi possível produzir um raio-x mais preciso, que inclui fragmentos florestais menores e em estágios iniciais de regeneração. A análise revela que o município tem hoje 3.666 ha, ou 8,6%, de sua Mata Atlântica original. Pela metodologia de 3 ha, considerava-se que este total era de 576 ha, ou 1,3%. Originalmente, 100% do município de Curitiba (43.541 ha) era coberto por Mata Atlântica.

Realizado há 30 anos, o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que conta com patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da empresa de geotecnologia Arcplan, inclui tradicionalmente apenas áreas mais preservadas, acima de 3 ha, por serem essas as capazes de manter a biodiversidade original.

As principais referências para a interpretação realizada no mapeamento detalhado foram as imagens orbitais do sensor LANDSAT 8 de 2015 e os remanescentes florestais do Atlas da Mata Atlântica 2014-2015. Neste mapeamento detalhado, utilizou-se a técnica de interpretação visual, na escala 1:40.000, na tela do computador. A imagem Landsat de 29 de agosto de 2015 (220_78) foi a base para elaboração do mapeamento. De forma complementar, foram utilizadas as imagens de alta resolução disponíveis no Google Earth para validar e identificar os padrões de mata mapeados. 

Paraná – campeão do desmatamento

A Mata Atlântica é o bioma predominante no Paraná, presente em 99% de sua área. Restam hoje 11,7% da vegetação original – um pouco menos de 2,3 milhões de hectares (ha). De acordo com os dados do último Atlas, divulgados em maio deste ano, foram desmatados, entre 2014 e 2015, 1.988 ha de florestas nativas no Estado, um aumento de 116% se comparado ao período anterior. Do total devastado, 1.777 ha (89%) ocorreram em regiões de florestas com araucária, espécie símbolo do Paraná e ameaçada de extinção.

Considerado o histórico dos 30 anos de monitoramento, o Paraná lidera o ranking dos maiores desmatados da Mata Atlântica com 456.514 ha destruídos, área que equivale aproximadamente à 11 cidades de Curitiba.

Informações SOS Mata Atlântica

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