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Durante reunião pública realizada na Câmara de Vereadores foram sugeridas medidas a curto prazo para melhorar a coleta e tratamento do lixo na cidade

A implantação da coleta diferenciada de resíduos em todas as regiões da cidade; a destinação de mais dias para recolhimento de materiais recicláveis; a abertura de nova licitação para contratação de serviço de tratamento do chorume e a implantação de um Plano Municipal de Agricultura Urbana são algumas das propostas que foram apresentadas durante reunião pública realizada na tarde desta quarta-feira na Câmara de Vereadores pela Comissão de Administração, Serviços Públicos e Fiscalização.

O debate, que teve como tema “Coleta e Tratamento dos Resíduos Orgânicos e Recicláveis em Londrina” e evidenciou as dificuldades enfrentadas pelo Município para dar a destinação correta aos diferentes tipos de resíduos contou com a participação de representantes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Secretaria Municipal do Ambiente (Sema), Instituto Ambiental do Paraná (IAP), empresa Paviservice; Ministério Público, universidades além de cooperativas e ONGs que atuam na coleta de lixo reciclável e eletrônico na cidade.

Central de resíduos - A promotora de Defesa do Meio Ambiente, Solange Vicentin, lembrou que a Central de Tratamento de Resíduos (CTR), inaugurada em 2010 no distrito de Maravilha (zona Sul), ainda funciona como um aterro sanitário, onde diariamente toneladas de resíduos são depositados sem a devida separação e reaproveitamento. “Milhões de reais são jogados fora em Londrina por conta desta questão dos resíduos”, denunciou.

Além dos materiais que poderiam ser reciclados e acabam misturados a outros tipos de resíduos, Londrina vem pagando para uma empresa da cidade de Maringá transportar diariamente para aquele município 85 mil litros de chorume, a um custo de 1.696.045,00 por semestre. O prazo para construção de uma Estação de Tratamento de Chorume (ETC) local esgota-se em 2018, de acordo com a promotora.

Para Solange Vicentin um dos primeiros passos deve ser a contratação de empresas diferentes para fazer a coleta de cada tipo de lixo e a destinação em locais também diferentes, dependendo do tipo de resíduo. Hoje apenas 30% da cidade (80 mil domicílios da região central) conta com a chamada coleta diferenciada, por meio da qual são recolhidos separadamente os lixos orgânico, reciclável e rejeitos. Nas demais regiões a separação consiste apenas em recicláveis e não recicláveis.

Sensibilização - O debate na Câmara demonstrou que além de expandir as áreas do município atendidas pela coleta diferenciada e tratar corretamente cada tipo de resíduo, é preciso investir em campanhas educativas para conscientizar a população da importância da separação do lixo. De acordo com informações da CMTU, boa parte do lixo orgânico recolhido na área central, que deveria conter apenas resíduos como restos de alimentos, de plantas e de varrição, vem “batizado” com vários outros materiais, entre eles plásticos e metais. A impureza leva à má qualidade da compostagem, impedindo sua comercialização por parte do Município. “A sensibilização da população deve ser um trabalho contínuo, que deve começar a ser feito”, alertou a promotora de Defesa do Meio Ambiente.

O vereador Amauri Cardoso, que preside a Comissão de Administração, Serviços Públicos e Fiscalização do Legislativo e coordenou o encontro, demonstrou preocupação com a atual situação. “Visitei a CTR nos últimos dias e me deparei com uma realidade que não conhecia. Trata-se de um local em que os resíduos chegam e simplesmente são todos enterrados.”De acordo com o parlamentar, a proposta de instituir um Plano Municipal de Agricultura Urbana, que contemple a construção de centrais de compostagem nos bairros, visa justamente estimular um melhor aproveitamento dos resíduos orgânicos e conscientizar a população da importância do tema. A Comissão do Legislativo é composta ainda pela vereadora Sandra Graça (PRB) e pelo vereador Roque Neto (PR).

Asimp/CML

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