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O Escritório Regional do IAP - Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a Promotoria do Meio Ambiente e a 17a. Regional da Secretaria de Estadual da Saúde  promovem reunião na quinta-feira, dia 20, para debater a questão do descarte de resíduos de  serviços de saúde.

Será no auditório da Associação Médica de Londrina, a partir das 14 horas,  com a participação de órgãos públicos municipais e estaduais, representantes de hospitais e clínicas , empresas que atuam na coleta de lixo, cooperativas de reciclagem e entidades representativas da sociedade civil organizada.

Somente neste ano o IAP registrou em Londrina cinco (5) ocorrências de descarte deste tipo de resíduos em locais inapropriados, o que caracteriza um grave problema de saúde pública.

Importância para a comunidade

Segundo o chefe regional do IAP, Raimundo Maia Junior, “o gerenciamento dos resíduos é uma questão preocupante para os órgãos ambientais e quando se trata de resíduos de serviços de saúde se torna mais complicado ainda pois estamos falando de  material que concentra grande quantidade de bactérias e organismos capazes de infectar o meio ambiente e o ser humano.”

Segundo Raimundo Maia,  o IAP vem fiscalizando e autuando os infratores, mas ele ressalta que o importante é a prevenção e a conscientização dos envolvidos no processo de produção , coleta e gerenciamento do lixo.

Para a Promotora do Meio Ambiente, Solange Vicentini, é preciso que se cumpra a legislação corretamente devido aos graves problemas que podem acontecer a partir do contato com esses resíduos provenientes de serviços de saúde, como clínicas, laboratórios e hospitais. Ela lembrou que “o grande alerta que o país teve foi o episódio da contaminação por radioatividade ocorrido em 1987, em Goiânia, quando catadores tiveram contato com Césio armazenado de forma irregular e isso acabou provocando mortes e afetando a saúde de centenas de pessoas”.  A promotora lembrou também a gravidade da recente ocorrência  registrada em Londrina, quando pedaços de órgãos humanos, recolhidos para exames e descartados de forma inadequada, acabaram sendo encontrados em um barracão de uma cooperativa de reciclagem: “este fato  é muito sério e mostra que  empresas envolvidas não estão cumprindo a legislação com graves prejuízos para a saúde e para o meio ambiente”.

O chefe da Divisão de Vigilância e Saúde da 17a. regional de Londrina, José Carlos Moraes, disse que Londrina tem dois mil estabelecimentos que geram lixo hospitalar e que a coleta e destinação correta deste material deve ser debatida  já que muitas ocorrências de irregularidades estão sendo registradas: “os resíduos de serviços de saúde precisam ser dispensados de forma organizada e dentro da legislação, pois podem transmitir doenças e graves danos ao meio ambiente”.

As prefeituras da região metropolitana de Londrina também foram convidadas para participarem do evento.

Nalu Lourençon/Asimp

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