Ensinando pelo exemplo
Unidade da Unopar em Londrina faz campanha para abolir o uso de copos descartáveis e troca todas as lâmpadas para economizar energia elétrica
Num contexto em que o meio ambiente se tornou preocupação de todos, racionalizar o uso da água e da energia elétrica significa muito mais do que fazer economia. Embora diminuir a conta de luz seja muito interessante, principalmente depois do reajuste já anunciado pelo Governo Federal, há outras vantagens que impactam a segurança e a saúde das pessoas. Elas foram os maiores incentivos para que a direção da Unidade Unopar Catuaí decidisse trocar todas as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas LED. “Reduzir o consumo de energia elétrica era um desafio para nós. Vi alguns cálculos feitos por nossos professores e alunos do curso de Engenharia Elétrica e fiquei animado com o desempenho das lâmpadas de LED. Fiz um teste na minha própria casa, substituindo as fluorescentes por LED e constatei uma economia de 30%. Foi aí que resolvemos fazer essa mudança aqui na Universidade”, conta o diretor Carlos Henrique Vicci, que é formado em Física. Como são 3.800 lâmpadas, a troca está sendo feita aos poucos. A meta é ter só lâmpadas de LED até o dia 23 de fevereiro, quando começam as aulas.
Os primeiros locais a ganhar nova iluminação foram a biblioteca, onde a luz fica acesa 12 horas por dia, e o refletor da bandeira, que fica ligado 8 horas por noite. Para se ter uma ideia da economia, o antigo refletor era de 400 watts; o novo tem 100 watts: “Só nesse ponto temos uma economia de 75%”, diz o diretor. Só com lâmpadas fluorescentes o consumo total de energia elétrica da Unidade era de aproximadamente 30 mil watts hora; quando todas forem trocadas por LED o consumo deve cair para 17 mil watts hora, praticamente a metade.
Além da economia na fatura mensal da Copel, as lâmpadas de LED oferecem outras vantagens:
- São mais duráveis (enquanto uma lâmpada tubular fluorescente dura de 6 meses a 1 anos, a LED dura cinco anos)
- Não emitem CO2 (só com a troca das lâmpadas serão menos 30 toneladas por ano na Unidade)
- Não emitem raios UV (ultravioleta), causadores de câncer de pele
- Têm maior faixa de frequência de luminosidade, o que as torna ideais para o trabalho e estudo
- São totalmente recicláveis
- São mais seguras (não quebram nem explodem e não contém substâncias tóxicas)
‘Um banho de cidadania’
Depois das lâmpadas foi a vez dos bebedouros. Os modelos antigos fora substituídos por novos, com torneiras, maior capacidade de volume, maior refrigeração e maior vazão de água. De olho na enorme quantidade de copinhos de plástico descartados pela Unidade, a direção iniciou uma campanha para que os alunos participem trazendo seus próprios copos, canecas ou “squeeze”. “Nossa preocupação é com o passivo ambiental que estamos gerando para a comunidade. Isso é responsabilidade da gestão e também dos alunos. Não adianta a gente reclamar de enchentes e de falta d´água se descartamos milhares de copos de plástico. Acredito que essa campanha de reeducação é um gesto concreto de cuidado e respeito ao meio ambiente”, justifica o diretor. Só com essa mudança a Unidade deixa de descartar 125 mil copos plásticos por mês. A mesma atitude serviu de exemplo para outra unidade da Unopar em Londrina, a Tietê, onde eram descartados mensalmente 100 mil copos de plástico antes da campanha.
A Unidade também investiu em equipamentos de ar-condicionado que consomem menos energia, com a mesma eficiência e não retiram a umidade do ar.
Phoenix Finardi/Asimp/Unopar
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