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Para recuperar a mata nativa de 14 hectares, o Parque Estadual de Ibicatu, no município de Centenário do Sul, próximo a Londrina, no Norte do Estado, recebeu o plantio de 32.500 mudas de mais de 70 espécies nativas. Dentre as espécies escolhidas para o projeto estão peroba-rosa, jaracatiá, pitanga, ingás jatobá, ipês, paineira, pau d'alho, cedro-rosa, canjarana, figueiras e uvaia.

A ação é resultado de uma parceria entre o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), responsável pela Unidade de Conservação, e da Fundação SOS Mata Atlântica. O plantio faz parte do Programa Florestas do Futuro, da fundação, que reúne a sociedade civil, a iniciativa privada e o poder público em um projeto participativo de restauração florestal.

"Esta é uma grande parceria em prol do meio ambiente, que vai fortalecer a co-responsabilidade de todos nós para com a natureza", disse a gerente do Parque, Raquel Fila Vicente. Para ela, a cooperação e o trabalho em conjunto para realizar o mesmo objetivo são muito importantes para manter a unidade de conservação. "Aumentar a área de proteção contribui para uma maior biodiversidade da região, melhorando a vida de diversos animais nativos", explica.

Reconversão

As áreas incluídas no reflorestamento foram anexadas ao parque em 2009, através do Decreto do Governo do Estado nº 5181, quando ainda recebiam atividades agrícolas e pecuárias. Essa reconversão para floresta nativa ampliou a área de proteção da biodiversidade, contribuindo tanto para a preservação ambiental, quanto para o enriquecimento do habitat natural de muitas espécies da fauna da região.

Para a realização do projeto, equipes da Fundação e técnicos do IAP realizaram diversas pesquisas e estudos no local. A intenção foi desenvolver um método de plantio que distribuísse as novas mudas em uma formação semelhante a natural, propiciando um crescimento mais rápido da cobertura vegetal.

A escolha das espécies e da quantidade de mudas, que foram disponibilizadas pelo viveiro do IAP de Londrina, foi feita considerando suas classificações ecológicas e suas classes sucessionais. Além disso, a seleção buscou uma grande variedade de plantas, com o objetivo de garantir a heterogeneidade da vegetação e reproduzir as características da floresta nativa.

Segundo o chefe do Escritório Regional do IAP de Londrina, Ronaldo Siena, o projeto é uma boa forma de fortalecer a responsabilidade com o meio ambiente. "Essa parceria vai permitir a restauração com brevidade e qualidade, além de representar uma economia de recursos aos cofres públicos, os quais podem ser destinados a outras dentre as tantas demandas de conservação que temos", explicou.

Segundo o Gerente de Restauração Florestal da Fundação SOS Mata Atlântica, Rafael Fernandes, além de recuperar a área de Mata Atlântica do parque, a ação em parceria tem como benefício a geração de emprego e renda já que, além do plantio, as mudas precisam de manutenção e cuidados constantes para que se estabeleçam e se desenvolvam.

 “O trabalho de restauração florestal no Parque Estadual do Ibicatu traz uma série de benefícios, pois amplia a área com vegetação nativa do parque, contribuindo para conservação de fauna e flora regionais, aliados à todos benefícios ligados aos serviços ecossistêmicos, como: sequestro de carbono da atmosfera, qualidade da água e abrigo para polinizadores", explica.

A manutenção da área continuará sendo feita pelos próximos dois anos, com ações de preparo do solo, controle de pragas, irrigação, replantio e adubação. Além disso, o parque pretende incluir práticas de recuperação ecológica, com o favorecimento da regeneração natural, para garantir uma melhor restauração do local.

Asimp/IAP

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