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Para desenvolver atividades de turismo, lazer e educação ambiental aliadas à conservação da natureza e novas tecnologias de gestão, cinco parques estaduais tiveram os planos de manejo constituídos e atualizados em 2015. São os parques de Amaporã, na região Noroeste do Estado; Ibicatu e Ibiporã, no Norte; Mata São Francisco, no Norte Pioneiro; e Rio da Onça, no Litoral.

Os planos de manejo reúnem estudos que orientam o planejamento das atividades que podem ser desenvolvidas dentro das Unidades de Conservação e no entorno. Eles são reavaliados para se manter ajustados às realidades de cada época. Os documentos não se restringem apenas às áreas dos parques, mas avançam para a vizinhança, prevendo parcerias com prefeituras, organizações da sociedade civil, moradores e empresas para a proteção ambiental das áreas naturais.

"Eles estabelecem o zoneamento e as normas para uso e ações de manejo nas unidades de conservação, indicando, inclusive, a implantação de estruturas físicas para a unidade, regularização fundiária e restauração ecológica", explica o presidente do Instituto Ambiental do Paraná, Luiz Tarcísio Mossato Pinto.

Antes de serem homologados, os estudos para a elaboração dos planos de manejo são debatidos e aprovados pela sociedade, principalmente pela comunidade científica e pelos moradores do entorno das Unidades de Conservação.

Os planos de manejo para essas unidades de conservação foram homologados pelas portarias nº 126, 230 e 231 do IAP. O objetivo da publicação dos estudos é contribuir para que as Unidades de Conservação exerçam seus papéis protegendo seus ecossistemas.

Revisão

As Unidades de Conservação que tiveram planos de manejo revisados foram dos parques estaduais de Amaporã, cuja primeira edição é de 1991 e a primeira revisão de 1996, Ibiporã, criado em 1998, e Ibicatu, criado em 1991. Por isso, surgiu a necessidade de se fazer a reavaliação, como forma de manter os estudos atualizados e ajustados às mudanças que ocorreram ao longo dos anos.

De acordo com a gerente do Parque de Ibicatu, Raquel Fila Vicente, o plano de manejo precisava ser revisado para atualizar as prioridades e as necessidades do parque. "O objetivo foi adaptar o planejamento para o contexto atual, tanto social quanto legislativo", explica Raquel. Além da mudança nas ações, o plano foi alterado para contemplar toda a área atual, já que a unidade foi ampliada nos últimos anos, passando de 57,1 para 302,74 hectares.

Um fator que contribuiu para o detalhamento dos estudos foi o uso de novas informações geográficas, que usam tecnologias atuais. "O conhecimento científico aumentou e durante a revisão do plano tivemos a oportunidade de usar novas ferramentas para detalhar ainda mais o plano de manejo", afirma Raquel.

Além disso, a atualização do documento teve participação de várias entidades, envolvendo grande parte da sociedade civil da região. "Essa metodologia participativa contribuiu para o estabelecimento de ações e estratégias que otimizam o gerenciamento e o cuidado das unidades de conservação."

As entidades interessadas poderão continuar acompanhando o trabalho do parque por meio do Conselho Consultivo que será formado nos próximos meses. "A participação popular é essencial para uma maior transparência e proximidade com a sociedade", afirma Raquel.

Para o gerente do Parque Estadual de Amaporã, José Nelson Campana, a atualização dos planos era necessária, já que os documentos contribuem com o planejamento e a gestão ambiental das unidades, garantindo a educação ambiental dos visitantes e um melhor aproveitamento das áreas de conservação. "As normas e as metas facilitam o gerenciamento do parque e ainda ajudam na prevenção de impactos ambientais de todo o entorno", explica Campana.

Os Parques
IBICATU - Com 300 hectares, na divisa dos municípios de Porecatu e Centenário do Sul, no Norte do Paraná, o Parque Estadual de Ibicatu guarda uma floresta com espécies de flora e fauna diversificadas, amostras da riqueza biológica que havia na região em passado recente. Além da biodiversidade, o parque oferece duas trilhas, atividades de educação ambiental e realização de pesquisas científicas. O visitante pode conhecer a floresta nativa Estacional Semidecidual (uma das florestas que compõem o bioma de Mata Atlântica) e também um riacho, conhecido como Ribeirão Tenente, cercado por mata ciliar com águas rasas e fundo rochoso.

AMAPORÃ - Criado em 1956, o Parque Estadual de Amaporã, foi criado como Reserva Florestal de Jurema para atividades de turismo ecológico e a produção de mudas para a recomposição florestal da região. Com 198 hectares, a unidade de conservação preserva um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica, sendo uma opção de lazer de educação para a população local.

IBIPORÃ - Criado em 1980, no Norte do Estado, o Parque Estadual de Ibiporã, tem área de 74 hectares, sendo 60 cobertos pela Floresta Nativa Estacional Semidecidual. A unidade preserva uma nascente e possui diversos exemplares de flora nativa, como a peroba rosa e o cedro. A fauna é representada por animais de pequeno porte como gambás, tatu-galinha e roedores.

MATA SÃO FRANCISCO – Criado em 1994, o Parque Estadual Mata São Francisco, em Cornélio Procópio, preserva um dos poucos remanescentes de floresta Atlântica da região e está inserido dentro das áreas prioritárias de conservação ambiental. Com pouco mais de 814 hectares, o local possui um lago artificial e uma trilha de 1.650 metros de extensão que passa dentro da mata e por dois córregos. O local também tem centro de visitantes, alojamentos apara brigar estudantes e cientistas, quiosques e outras estruturas para atender a população.

RIO DA ONÇA - Entre os balneários Riviera e Praia Grande, em Matinhos, no Litoral do estado, fica o Parque Estadual Rio da Onça. O local é repleto de bromélias, orquídeas de rara beleza e outras espécies da vegetação típicas da região, que atraem aves e diversos animais silvestres. Para conhecer o parque de 118 hectares, o visitante precisa percorrer cinco trilhas, num circuito de 1,5 quilômetro, sem voltar pelos mesmos lugares. Todas as trilhas são bem demarcadas, acessíveis e planas, fazendo do parque um local apropriado para qualquer perfil de visitante.

Asimp/IAP

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