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 “Dia 15 de junho, é o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. 91% dos casos de violações acontecem por familiares da vítima, cujo principal agressor é o filho, seguido do cônjuge e netos. Em 73% dos casos, o agressor convive na mesma casa com a pessoa idosa. Os dados são do Disque Idoso Paraná e nossa obrigação é combater isso”, ressaltou o deputado estadual Cobra Repórter (PSD), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Crianças, Adolescentes, Idosos e Pessoas com Deficiência (Criai) da Assembleia Legislativa do Paraná.

O deputado é autor da Lei Junho Violeta, mês de conscientização e prevenção contra a violência à pessoa idosa, inserida no Calendário Oficial de Eventos do Paraná. Em alusão à data, ele realizou, na noite de segunda-feira (14), uma live com a promotora de justiça, Rosana Beraldi Bevervanço. Ela é coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Ministério Público, responsável pela área de defesa dos direitos do idoso e da pessoa com deficiência no Paraná.

A promotora destacou que a pandemia do novo coronavírus fez com que aumentasse significativamente o número de denúncias. “Infelizmente, a violência contra o idoso é muito comum e tem crescido no âmbito familiar. Com a pandemia, isso agravou e os números do Disque Idoso mostram isso. O lar devia ser um lugar de proteção, carinho, aconchego e segurança. Toda a forma de conscientização e auxílio é necessária para que a população possa denunciar esses crimes. A obrigação de proteger o idoso é de toda a sociedade!”, ressaltou a promotora Rosana Beraldi Bevervanço.

O deputado lembrou ainda que denúncias podem ser feitas pelo Disque Idoso (0800 141 0001) ou também no site da Criai: www.criaiparana.org . A promotora disse que existe ainda, em alguns casos, situações em que o idoso protege seu agressor. “Quando há a notícia de violência, o idoso reluta em levar a violência até a autoridade, porque aquela pessoa muitas vezes é o único vínculo familiar que ele tem. Nosso desafio é mostrar ao idoso que o que a gente pretende é resolver um problema e não destruir uma família”, explicou a promotora.

Outro aspecto levantado por ela foi a apropriação indébita – violência financeira. “É uma covardia. Muitas vezes o idoso está deixando de comprar uma comida saudável, um remédio... para dar ao filho um tênis novo. E temos um drama muito grande: idosos sendo espoliados por parentes que usam o dinheiro dele para comprar drogas. Isso é dramático, ninguém deveria passar por isso em nenhuma fase da vida”, destacou a promotora.

A secretaria estadual de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf) informa que o Disque Idoso registrou de janeiro a dezembro de 2020, no Paraná, 1452 denúncias e 1513 orientações. As principais denúncias foram em 1º lugar as violências financeira, patrimonial, vulnerabilidade econômica; 2º abandono; 3º negligência; 4º agressões verbal e psicológica; 5º agressão física.

De janeiro a abril de 2021, o Disque Idoso recebeu 466 denúncias e 210 orientações. As principais denúncias foram em 1º lugar apropriação indébita – violência financeira; 2º negligência; 3º agressões verbais e psicológicas; 4º agressão física; 5º abandono.

O deputado lembrou ainda que apresentou um projeto de lei (PL), em conjunto com o deputado estadual Subtenente Everton, integrante da Criai, para instituir, em caráter permanente, a Força-Tarefa de Defesa do Idoso, a FORTE IDOSO, integrada por representantes dos três Poderes do Estado e da sociedade organizada. O objetivo principal é a garantia dos direitos, prevenção e combate aos crimes contra os idosos.

Meire Bicudo e Veruska Barison/Asimp

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