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Os investimentos atraídos pelo programa de incentivos Paraná Competitivo contribuíram para aumentar a participação do Estado na geração de vagas na indústria e foram responsáveis, inclusive, por sustentar o emprego em alguns setores no País. Em pelo menos dois deles – papel e celulose e fabricação de pneus – o Paraná, sozinho, gerou mais vagas do que todo o Brasil nos últimos anos. 

O levantamento, realizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), tomou como base o período de janeiro de 2011, quando o Governo Estadual lançou o programa, a fevereiro de 2017. Foram usadas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). 

Em 2012, o Paraná respondia por 7,81% das ocupações da indústria da transformação no Brasil. Mesmo com a crise econômica, o Estado aumentou sua participação nos últimos anos e, no fim de 2016, representava 8,02% do emprego no setor. 

Enquanto isso, São Paulo, maior polo industrial do País, teve sua participação reduzida de 31% para 29,5% no total de empregos do setor. No fim do ano passado, eram 812 mil pessoas ocupadas na indústria do Estado. 

Criado em 2011, o Paraná Competitivo já atraiu R$ 42 bilhões em investimentos, sendo R$ 24 bilhões de empresas privadas e R$ 18 bilhões de estatais. O número de empregos diretos gerados pelos empreendimentos cadastrados no programa é de cerca de 100 mil. 

PAPEL E CELULOSE - Os investimentos da Klabin em Ortigueira, maior projeto atraído pelo Paraná Competitivo até agora, são um exemplo desse movimento. O empreendimento provocou um salto na geração de empregos do setor de papel e celulose na região. A fábrica recebeu investimentos de R$ 7 bilhões para produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose. 

Entre janeiro de 2011 a fevereiro de 2017, a fabricação de celulose, papel e produtos de papel registrou saldo positivo no emprego com carteira assinada de 3.296 vagas na microrregião de Telêmaco Borba (que abrange o município de Ortigueira). Nesse mesmo período, o emprego formal no setor em nível nacional contabilizou saldo de 2.986 vagas. “Ou seja, sem o desempenho do Paraná, o saldo do setor seria negativo. Quando se olha no detalhe percebe-se o impacto sobre a geração de empregos que o programa teve. E é um resultado relevante, principalmente em regiões de baixo desenvolvimento econômico”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor presidente do Ipardes. 

PRODUTOS DE BORRACHA - Outro exemplo é a japonesa Sumitomo, que, com o apoio do programa estadual de incentivos, instalou um complexo industrial para produção de pneus em Fazenda Rio Grande, na região de Curitiba. 

A fabricação de produtos de borracha, que engloba a produção de pneus da multinacional japonesa, registrou um saldo positivo no emprego com carteira assinada de 724 vagas no município de Fazenda Rio Grande entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2017. No âmbito nacional, houve eliminação de 7.590 postos de trabalho nesse segmento, ou seja, a trajetória foi inversa. 

“Os impactos muitas vezes ficam menos visíveis em um contexto de crise como a que vivemos nos últimos anos, mas sobretudo no Interior, em regiões fora de Curitiba, os investimentos do Paraná Competitivo vêm gerando desenvolvimento econômico”, afirma.

AEN

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