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A construção de um novo traçado ferroviário que ligue o Paraná e Mato Grosso Sul foi tema de reunião ontem (27), no Palácio Iguaçu, em Curitiba. O governador Beto Richa recebeu a comitiva do estado vizinho, liderada pela prefeita de Dourados, Délia Godoy Razuk, para discutir o projeto do ramal, que ampliaria o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste pelo Porto de Paranaguá.

A prefeita salientou a importância do projeto porque os produtores rurais de Dourados e de outras cidades do Mato Grosso do Sul já exportam boa parte da safra pelo porto paranaense, mas a única via de escoamento é a malha rodoviária. Também participaram do encontro o presidente da Ferroeste, João Vicente Bresolin Araújo, e o secretário adjunto da Infraestrutura do Mato Grosso do Sul, Helianey Paulo da Silva.

O projeto de uma nova estrada de ferro já vem sendo avaliado pelo Governo do Estado. Ele prevê mil quilômetros de trilhos, saindo de Paranaguá e passando pelas cidades de Guaíra, Cascavel e Guarapuava, no Paraná, e seguindo até Dourados (MS). “Nunca estivemos tão próximos de efetivar este projeto quanto agora”, afirmou o governador Beto Richa. Ele disse que já se busca parcerias com investidores internacionais na área de infraestrutura para o empreendimento.

CONSULTAS PÚBLICAS - João Vicente Bresolin Araújo, da Ferroeste, explicou que a partir de outubro o Estado iniciará uma série de consultas públicas e deverá abrir um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para tentar atrair investidores. Além disso, já estão em andamento estudos de viabilidade técnica e ambiental. “Estamos determinando as diretrizes do projeto”, disse o presidente.

Dourados receberá uma das audiências públicas na segunda quinzena de outubro. “O governador Beto Richa mostrou que não visa só o desenvolvimento do Paraná, mas de todo o Brasil, pela sua disposição em ajudar o Mato Grosso do Sul neste momento”, afirmou a prefeita Délia Godoy Razuk. “Consideramos um dos grandes projetos do Mato Grosso do Sul a construção desta ferrovia e estamos muito satisfeitos com a conversa”, garantiu o secretário adjunto da Infraestrutura.

A prefeita disse que seu estado iniciou a discussão da criação de uma rota bi-oceânica e que, com isso, o escoamento da produção de Dourados e dos 23 municípios da região seria feito pelo porto de Guayaquil, no Equador. “Entendemos que o Porto de Paranaguá é mais interessante para nossa região, e a estrada de ferro se tornou uma necessidade, pois como o escoamento é feito por rodovias o custo aumentou”, disse.

AEN

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