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O Paraná é o primeiro estado brasileiro a aderir ao Programa “Reconecte”, que inclui a Campanha "Detox Digital Brasil". A adesão foi na segunda-feira (08) no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O programa, que visa promover uma mobilização nacional para conscientização sobre a utilização ética, saudável e segura dos recursos tecnológicos digitais, é uma iniciativa do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e contou com participação da Comissão que Defende os Direitos da Criança, Adolescente, Idoso e da Pessoa com Deficiência (Criai), da Secretaria Estadual de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf-PR) e do Instituto Tecnologia & Dignidade Humana (I-T&DH).

O programa engloba uma série de ações e atividades para alertar os paranaenses sobre os riscos subjacentes ao uso da tecnologia, oferecendo conhecimento a respeito dos limites e dos riscos envolvidos no manejo diário de smartphones, tablets computadores e outros aparelhos eletrônicos conectados à internet. Dentre as ações, está a criação de um “Dia “D” no qual as pessoas serão desafiadas a ficar 24 horas sem tecnologia, realizando atividades em família, exercícios físicos, leituras, práticas esportivas, passeios, entre outros.  A data escolhida é 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental. Trata-se de um projeto de lei apresentado nesta segunda-feira pelo deputado estadual Cobra Repórter (PSD), presidente Criai.

“Precisamos propor soluções para este problema que afeta muitas famílias: o distanciamento devido à má utilização dos recursos tecnológicos o uso imoderado dos recursos tecnológicos tem contribuído para o enfraquecimento dos vínculos familiares”, disse o deputado Cobra Repórter. O uso inadequado de smartphones, tablets e notebooks tem gerado o surgimento de novas doenças – as chamadas tecnopatias –, além de problemas sociais que atingem pessoas de todas as idades, mas sobretudo os adolescentes. Entre eles estão o pescoço de texto, dedo de gatilho, transtorno de jogo eletrônico, síndrome de toque fantasma, ciberbullying, selfitie, selfiefatal, nomofobia, tecnostress e sextorsão. “O programa visa a implementação de ações referentes à saúde física e mental, à cognição, às relações sociais e à segurança. E a primeira cidade do Brasil a colocar em prática o Detox Digital será Santo Antônio da Platina”, explica Cineiva Tono, assessora-técnica da Sejuf-PR, mestre em educação, doutora em Tecnologia e Sociedade e uma das mentoras do Programa “Reconecte”.

Segundo pesquisa da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de 2018, 24% dos estudantes de uma escola pública apresenta dependência na internet. 50% usa o telefone durante as refeições; 30% usa no banheiro. Ainda de acordo com a pesquisa, 80% dos alunos de escolas particulares disse que os pais não colocam limite no tempo do uso da internet, o mesmo ocorre com 60% dos alunos de escolas públicas.

Participaram da solenidade diversas autoridades, entre elas o chefe do Departamento de Justiça da Sejuf-PR, Felipe Hayashi (coordenador da Força-Tarefa Infância Segura); coordenador-geral do Enfrentamento a Vícios e Impactos Negativos do Uso Imoderado de Novas Tecnologias da Secretaria Nacional da Família, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Daniel Celestino; especialista em Medicina Forense e Psiquiatria que atua no atendimento especializado a crianças e adolescentes, Maurício Nasser Ehlke; Pediatra Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente e Especialista em Medicina do Adolescente, Iolanda Maria Novadzki.

Infância Segura

No Paraná, o Detox Digital faz parte das ações previstas no Pacto Infância Segura, especificamente a Ação 5, que visa a prevenção a crimes sexuais cibernéticos contra a criança e o adolescente, assinado por diversos órgãos públicos e instituições da sociedade civil, e integrará a Política Pública de Proteção Integral da Criança e do Adolescente Paranaense, promovida pela Sejuf-PR.

Meire Bicudo/Asimp

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