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O Governo do Paraná firmou uma parceria com o Instituto Liberta, organização não governamental criada pelo empresário Elie Horn, para ampliar as ações de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. O assunto foi tratado nesta segunda-feira (29) em reunião no Palácio Iguaçu, em Curitiba. 

Pelo acordo, o Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado Família e Desenvolvimento Social e de outros órgãos estaduais, auxiliará na divulgação e distribuição dos materiais produzidos pelo Instituto Liberta. 

A vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti, destacou a importância de unir esforços no enfrentamento do tema. “Precisamos proteger as nossas meninas e meninos dessas situações. Uma das melhores estratégicas é a conscientização da nossa sociedade”, afirmou ela. 

A secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, detalhou as ações do Paraná na proteção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Desde 2011, foram investidos mais de R$ 220 milhões do Fundo Estadual para a Infância e Adolescência. 

CAMPANHA - Recentemente, o Instituto Liberta produziu uma campanha publicitária para evidenciar dados relativos ao problema da exploração sexual de crianças e adolescentes no país e estimulas as denúncias através do Disque 100. 

Segundo o empresário e filantropo Elie Horn, fundador da Construtora Cyrela e idealizador da ONG, as ações buscam uma mudança de cultura no país. “A conscientização é essencial para enfrentarmos o tema, que ainda é um tabu na sociedade. Nossa obrigação é tentar proteger as crianças para resgatar sua dignidade e seu futuro”. O Instituto Liberta já possui ações semelhantes no Pará, São Paulo e Minas Gerais. 

PREFEITOS - Elie Horn também solicitou apoio de centenas de prefeitos e prefeitas que participavam do evento em que o governador Beto Richa anunciou recursos para a saúde, e colocou o instituto Liberta à disposição. “Temos recursos para produção e divulgação dos materiais”. 

CUSTO SOCIAL - Segundo a professora doutora em Direito pela PUC-SP e presidente do Instituto Liberta, Luciana Temer, o Brasil é hoje o segundo país com o maior índice de exploração sexual em crianças e adolescentes. De acordo com ela, o ranking negativo traz um custo social muito alto. 

“Existem pesquisas demonstrando que a evasão escolar tem uma relação muito próxima com a exploração sexual. Além disso, esses meninos e meninas passam a ter filhos precocemente e se envolvem com álcool e drogas”, explicou. 

Segundo ela, o Instituto tem buscado envolver, no setor poder público, as áreas de assistência social, saúde e educação. “São os canais que temos na gestão pública para tratar e divulgar este assunto. Viemos pedir a parceria do Governo do Paraná que já faz um trabalho muito bonito. Nossa expectativa é em 10 anos conseguir começar a mudar a cultura permissiva no Brasil”. 

PARANÁ - Além de cofinanciar programas, serviços e capacitações, o Paraná investe em campanhas de conscientização para incentivar as denúncias de violências. “Nossa secretaria está à disposição para estreitarmos o relacionamento e obter resultados”, afirmou Fernanda Richa. 

O último levantamento feito pela Secretaria apontou que, em fevereiro e março deste ano, o número de denúncias de violência contra crianças e adolescentes no Paraná aumentou 205%, no comparativo com o mesmo período de 2016. 

O aumento foi registrado após lançamento da Campanha de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Estradas, em fevereiro. 

Para denunciar qualquer situação ou suspeita de violência ou violação de direitos contra crianças e adolescentes, basta ligar para o Disque 100 ou para o número 181 - Disque-Denúncia, serviço do Governo do Estado. As ligações são gratuitas. O atendimento funciona 24 horas, todos os dias da semana, com garantia de sigilo das informações e de quem faz a denúncias. 

UNAILE - O secretário da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Artagão Júnior, também acertou com a diretoria do Instituto Liberta a participação na Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (CNLE) que ocorrerá entre os dias 7 e 9 de junho em Foz do Iguaçu. São esperados mais de 1.500 participantes no evento, entre parlamentares, assessores legislativos, representantes de entidades nacionais e internacionais.

AEN

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