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Estado registrou crescimento de 7,2% no acumulado do ano, superando o Rio Grande do Sul, e de 4,8% em relação a julho de 2018, enquanto indústria nacional teve queda de 1,7% no acumulado do ano, e de 2,5%, em relação ao mesmo mês do ano passado

O Paraná confirmou, em julho, a boa fase no setor industrial. Segundo pesquisa mensal do IBGE, divulgada ontem (10/9), o crescimento da produção foi de 4,8% em relação ao mesmo mês de 2018. No acumulado de janeiro a julho deste ano, a elevação foi de 7,2%, o que permitiu a retomada da liderança do estado no cenário nacional. Rio Grande do Sul ficou em segundo lugar, com alta de 6,9%, e Santa Catarina, em terceiro, com 4,2%.

Os dados da região sul contrariam uma tendência nacional. No mês, a indústria brasileira registrou queda de 2,5%, no comparativo com julho do ano passado, e de 1,7%, no acumulado de janeiro a julho deste ano.

Os setores que mais contribuíram para o bom desempenho do estado em julho foram o automotivo (+31,5%) e metalmecânico, que inclui produtos de metal (+21,7%), máquinas e equipamentos (+16,5%), e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+3,6%). Automóveis, caminhão trator para reboques e semirreboques, caminhões e peças e acessórios para motor, além de máquinas para colheita, tratores, ar condicionado e produtos metálicos de aço e ferro para indústria de veículos e esquadrias de alumínio foram os produtos que mais se destacaram no mês. No ano, o setor automotivo acumula alta de 25,2%.

De acordo com o economista da Fiep. Evânio Felippe, a boa performance do setor automotivo está alinhada aos últimos dados divulgados pelo setor. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave), em julho, o emplacamento de veículos no Brasil cresceu 13,94% em relação a julho de 2018. E de acordo com informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção automotiva no Brasil registrou alta de 8,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

“O aumento da demanda na produção de veículos, aliada à elevação no número de emplacamentos, justifica o crescimento que o setor tem acumulado no Paraná, que é um importante polo industrial do setor no país”, completa o economista.

Outro fator que pode ter contribuído com o bom desempenho do Paraná é a melhora gradual do mercado de crédito. “Houve aumento de 34,2% na concessão de crédito para aquisição de veículos em relação a julho do ano passado. Isso reforça os dados de aumento das vendas dos produtos no mercado interno no mesmo período”, explica o especialista do Núcleo de Acesso ao Crédito da Fiep, João Baptista Guimarães.

“A queda de quase 10% na taxa de juros anualizada, de 22,34% (julho de 2018) para 20,34% (julho de 2019), é um fator que contribuiu nos resultados das vendas dos veículos. Essa redução ocorreu com maior intensidade a partir de janeiro deste ano e tornou o crédito mais barato e acessível para os financiamentos de automóveis”, completa Guimarães.

Felippe destaca ainda que o setor de alimentos também tem desempenhado bem, com alta acumulada no ano de 8,7%. “Principalmente o setor de carnes do estado vem puxando este crescimento. E o resultado pode melhorar ainda mais com o anúncio da China, que ontem habilitou novos frigoríficos brasileiros para exportação de carnes”, afirma.

Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dão conta de que o número de plantas industriais brasileiras autorizadas a exportar carnes ao país asiático subiu de 64 para 89, sendo 25 novas, quatro destas sediadas no Paraná.

Investimentos

Para o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, a retomada da atividade industrial no Paraná tem melhorado aos poucos e pode ganhar novo fôlego se os investimentos voltarem à pauta de prioridades dos empresários. “Além da necessidade das reformas, da Previdência e Tributária, evoluírem numa velocidade maior do que vêm ocorrendo em Brasília, da queda nos juros e de uma maior acessibilidade ao crédito, que tornam o ambiente de negócios mais favorável, os investimentos tem papel fundamental para alavancar o setor produtivo”, diz. “Para que o investimento privado ocorra, o empresário precisa estar confiante numa melhora da economia e seguro, seja no aspecto trabalhista, ambiental e jurídico, para que fatores externos não interfiram e não inviabilizem sua atividade, e o país possa voltar a gerar emprego e riquezas, conclui o presidente.

Asimp/Fiep

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