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Responsável pela implementação do Plano de Promoção da Igualdade Racial do Estado do Paraná, o Conselho de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), criado em 2013, é tripartite. Formado por 14 membros da sociedade, 14 integrantes do Governo e dois parlamentares: Goura (PDT) e Tadeu Vaneri (PT), mas foi do deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) a iniciativa de convidar Saul Dorval da Silva, presidente do Conselho, para usar a Tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná, no início da sessão plenária da segunda-feira (02), no horário do Grande Expediente. “Não há espaço para a indiferença. Nelson Mandela deixou vários ensinamentos para a história e um deles diz que ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar. Nossa solidariedade e respeito estarão, sempre com todas as pessoas vítimas de racismo, de discriminação, de preconceito, de intolerância ou de injúria racial. O racismo é uma ferida exposta, dolorida, que a humanidade ainda precisa curar. Não se trata apenas de amenizar os efeitos desta chaga, é nosso dever eliminá-la do nosso convívio”, destacou Romanelli, em seu discurso.  

Saul detalhou como está funcionando o Plano e os avanços obtidos a partir dele, que foi criado para combater o racismo contra minorias: negros, (quilombolas, indígenas e ciganos). “Aumentamos em 37% a empregabilidade negra no Paraná no ano passado em relação a 2020, quando a média nacional ficou em 15%, graças aos repasses do Estado por meio do Fundo de Promoção de Igualdade Racial aos fundos municipais, até agora presentes em 75 municípios e à luta do Movimento Negro, que tem buscado o diálogo com empresas, Federação das Indústrias, Associação Comercial  e Agências do Trabalhador para que se destinem vagas aos negros, porque ainda hoje, em pleno século XXI, muitos empregadores excluem as pessoas de processos seletivos pela cor da pele, mesmo que estejam qualificadas. O resultado disso foi a criação de mais de 30 mil empregos para os negros, segundo o número divulgado pelo CAGED”, explicou Saul.

O Paraná é o único estado do país a ter um Plano nesses moldes. A ideia é levar a Caravana da Igualdade Racial a todos os municípios paranaenses. "Também realizamos a V Conferência da Promoção Racial, em Maringá de forma inédita. Jamais uma política desse tipo tinha ocorrido. Agradeço o apoio desta Casa e da Secretaria da Justiça, Trabalho e Família para que essa política tenha se tornado realidade”, acrescentou.

No Paraná, são três milhões de negros, 28% da população do estado. O Movimento negro conta com 75 mil militantes no estado e 700 mil no país. O deputado Romanelli defendeu o princípio Aristotélico para defender a extinção da intolerância racial. “Aos desiguais, um tratamento desigual, na medida da sua desigualdade.  Somos todos absolutamente iguais, independentemente da origem. Não podemos cogitar que há superioridade por causa da cor da pele. O caminho para o fim do racismo, e para a construção de uma sociedade mais justa, passa pela educação, pela disseminação dos bons ensinamentos e do amor ao próximo. Nós somos os agentes da mudança”, concluiu.

Acompanharam o presidente do Conselho, o professor Alexandre César, vice-presidente; Isaac Ferreira, coordenador da Política de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria Estadual da Justiça e Família (SEJUF);  Sílvio Jardim, diretor do Departamento de Justiça da SEJUF; e Andréa Corá, secretária executiva do Conselho.

ALEP

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